quinta-feira, 3 de julho de 2008

Aconselhamento Pastoral

Aconselhamento Pastoral

Livro: Aconselhamento Cristão

Editora: Nova Vida - Gary R.Collins


1) Explique qual deveria ser o papel da Igreja no aconselhamento.

De acordo com a bíblia, os cristãos devem ensinar tudo o que Cristo nos ordenou e ensinou. Ensinar tudo o que Cristo ensinou, portanto, inclui instrução na doutrina, mas abrange também ajudar as pessoas a se entenderem melhor com Deus, com o próximo e consigo mesmas.

A igreja deve ser vista como uma comunidade terapêutica. Jesus falou com freqüência a indivíduos sobre as suas necessidades pessoais e ele se reunia muitas vezes com pequenos grupos. O principal entre estes foram os discípulos que ele preparou para o suceder após a ascensão. Foi em uma dessas ocasiões que ele mencionou a igreja pela primeira vez.

Nos anos seguintes, foi esta igreja de Jesus Cristo que continuou seu ministério de ensino, evangelização, serviço e aconselhamento. Essas atividades não foram vistas como responsabilidade especial apenas dos líderes religiosos, mas sim por crentes comuns trabalhando, compartilhando e cuidando uns dos outros e dos incrédulos fora do corpo. Se lermos o livro dos Atos , bem como as Epístolas, veremos que a igreja não era apenas uma comunidade de evangelização, ensino, discipulado, mas também uma comunidade terapêutica.

Livros recentes sobre a igreja têm apresentado alguns títulos intrigantes. Como a Comunhão dos santos, Uma Comunhão Viva - Um Testemunho Dinâmico, A Comunhão Incendiária, O Corpo de Cristo, A Companhia dos Dedicados. Em contraste com esses nomes otimistas para alguns a igreja pareça mais com os títulos: Uma Reunião de Estranhos, com Bancos Cheios e Pessoas Solitárias. O corpo de Cristo que possui potencial para ser uma comunidade dinâmica, produzindo crescimento, demasiada vezes degenera em um grupo de pessoas indiferentes que jamais admite ter necessidades ou problemas, assistindo aos cultos por simples hábito, e deixando a maior parte das atividades a cargo de um pastor sobrecarregado. Para muitos a igreja local não representa ajuda ou não tem grande significado. Esta não foi seguramente a intenção de Cristo quando a igreja foi estabelecida no princípio.

A igreja foi estabelecida a fim de cumprir a grande comissão de fazer discípulos ( que inclui evangelização) e ensinar. Ela é agora encabeçada por Jesus Cristo que nos mostrou como evangelizar e ensinar, quem, pela sua vida e instrução, nos indicou os aspectos tanto práticos como teóricos do cristianismo e que resumiu seus ensinamentos em duas leis : amar a Deus e amar ao próximo.

Tudo isto deve ter lugar dentro dos limites de um grupo de crentes, tendo cada um recebido os dons e habilidades necessários para edificar a igreja. Como um grupo, guiado por um pastor, os crentes dirigem sua atenção e suas atividades para o alto, através da fraternidade e mútua divisão das cargas. Quando falta um desses elementos, o grupo fica desequilibrado e os crentes incompletos.

2) Fale sobre crises no aconselhamento.

As crises são situações mais graves que ameaçam nosso equilíbrio psicológico. Elas podem ser esperadas ou inesperadas, reais ou imaginárias, fatuais ou potenciais.

Uma crise é um perigo porque ameaça vencer a pessoa ou pessoas envolvidas. As crises envolvem a perda de alguém ou de algo importante, a mudança brusca de nosso papel ou posição, ou o aparecimento de pessoas ou acontecimentos novos ou ameaçadores. Em vista desta situação crítica ser tão intensa e única descobrimos que nossos hábitos costumeiros de tratar da tensão e de resolver problemas não funcionam mais. Isto leva a um período de confusão e espanto, geralmente acompanhado de comportamento negativo e distúrbios emocionais inclusive ansiedade., ira, desânimo, tristeza ou culpa. Embora este tumulto intelectual, comportamental e emocional geralmente seja de curta duração, ele pode persistir por várias semanas ou até mais.

As crises, porém dão às pessoas a oportunidade de mudar, crescer e desenvolver meios melhores de superá-las, pois as pessoas em crise quase sempre ficam mais abertas à ajuda externa e de Deus.

A Bíblia relata e trata de vários casos de crises, como os casos de Adão, Eva, Caim, Noé, Abraão, Isaque, José, Moisés, Sansão, Jefté, Saul, Davi, Elias, Daniel e vários outros personagens.

Segundo os escritores contemporâneos há três tipos de crise: - As crises acidentais ou situacionais, que ocorre quando surge uma ameaça repentina ou perda inesperada; - As crises de desenvolvimento que surgem no curso do desenvolvimento humano normal; - As crises existenciais que surgem quando somos forçados a enfrentar verdades perturbadoras.


O aconselhamento em situações de crise tem como objetivo : Ajudar a pessoa a enfrentar de forma eficaz a crise, fazendo-a voltar ao seu nível normal de comportamento; diminuir a ansiedade, apreensão e outros tipos de insegurança que possam persistir depois de ter passado a crise; Ensinar técnicas para a solução de crises, a fim de que a pessoa fique melhor preparada para antecipar e tratar das crises futuras;e Considerar os ensinos bíblicos sobre as crises, a fim de que a pessoa aprenda com as mesmas e cresça como resultado dessa experiência.

Como as pessoas são diferentes é necessário que o conselheiro atente para alguns pontos na ora de aconselhar as pessoas em crise entre os quais : -Fazer contato ( O conselheiro deve se aproximar da pessoa com problema, não esperar o oposto, pois o fato da pessoa estar em crise poderá afastá-la das demais pessoas); Reduzir a ansiedade (A calma do conselheiro, acompanhada de sua segurança, poderá abrandar a ansiedade do aconselhado);Focalizar os problemas ( Deve-se ajudar o aconselhado a identificar o verdadeiro problema, não os problemas que poderão acontecer); Avaliar os recursos ( As vezes, a necessidade do aconselhado não é apenas de recursos espirituais, e se for possível o conselheiro deverá fornecer ou buscar junto a outras fontes os recursos necessários); Planejar a Intervenção ( O conselheiro deve ajudar o aconselhado a fazer planos, e definir prioridades, e alternativas, caso o plano anterior venha a falhar); Encorajar Ação ( A Ação quase sempre envolve riscos, porisso é necessário encorajar o aconselhado, dando-lhe o apoio necessário, caso a ação tomada não seja satisfatória); Instilar esperança ( Deve ser transmitido um senso realista de esperança para o futuro); Interferir no Ambiente (As vezes é necessário modificar o ambiente do aconselhado encorajando outros a orar, dar dinheiro ou suprimentos, fornecer ajuda prática, ou assistir de outra forma a pessoa em crise);Acompanhamento (O conselheiro pode acompanhar o caso com um telefonema ou visita, fazendo o lembrar de que alguém ainda se importa com ele).

Quando determinado conselheiro, perceber que seus conselhos não estão surtindo efeito, ou quando se dá conta que outro conselheiro possui um conhecimento mais apropriado para ajudar o aconselhado, ele deve encaminhar o aconselhado para um outro conselheiro, explanando os motivos que o levaram a tomar atitude.

O aconselhamento está dividido em três áreas: terapêutica (ajuda ao indivíduo com problemas pré-existentes), preventiva (impedir que os problemas se agravem ou evitar sua ocorrência) e educativa (ensinar princípios de saúde mental a grupo maiores. Hoje o primeiro tipo de aconselhamento se destaca, mais o ideal, é que os outros dois tipos de aconselhamentos sejam dessiminados, pois como diria o velho ditado "Prevenir é melhor que remediar".

3) Explique com suas palavras:

a) Ansiedade

A ansiedade pode ser definida como um sentimento íntimo de apreensão, mal estar, preocupação, angústia ou medo acompanhado de um despertar físico intenso. Ela pode surgir como uma reação a um perigo específico passível de identificação, ou em resposta a um perigo imaginário com a expressão angústia vaga, flutuante". A pessoa sente que alguma coisa terrível vai acontecer, mas não sabe o que é nem porque.

Vários são os tipos de ansiedades identificáveis, podendo ser aguda e crônica, normal e neurótica, moderada e intensa.

A ansiedade aguda surge repentinamente, é de grande intensidade e de pequena duração, já a ansiedade crônica é persistente e duradoura, mas tem menor intensidade.

A ansiedade normal se manifesta quando existe uma ameaça real ou situação de perigo, já a neurótica envolve sentimentos intensamente exagerados de desespero e medo, mesmo quando o perigo é pequeno. Quanto a intensidade a ansiedade pode ser moderada ou intensa.

A moderada é até desejável que se tenha, pois motiva e ajuda as pessoas a evitarem situações perigosas aumentando a eficiência das pessoas, já a ansiedade intensa pode diminuir nossos períodos de atenção, dificultando a concentração e afetando a memória de modo negativo, prejudicando a capacidade de realização, interferindo na capacidade de solucionar problemas, bloqueando a comunicação eficaz, despertando o sentimento de pânico e as vezes causando sentimentos físicos indesejáveis.

c) Solidão

A solidão se caracteriza quando tomamos consciência de que nos falta um contato significativo com outras pessoas. A solidão envolve um sentimento íntimo de vazio que pode ser acompanhado de tristeza, desânimo, sensação de isolamento, inquietação, ansiedade e um desejo intenso de ser amado e necessário a alguém. As pessoas solitárias, sentem-se deixadas de lado, indesejadas ou rejeitadas, mesmo quando cercadas por outros. Existe por vezes uma sensação de desespero e um desejo intenso de manter qualquer tipo de relação que possa aliviar a terrível dor da solidão involuntária . Muitas pessoas solitárias sentem-se inúteis e convictas de que nada valem e que ninguém gosta delas. Muitas pessoas tentam negar sua solidão e correm para bares, grupos de encontros, ou reuniões da igreja numa vã tentativa de escapar de sua condição.


A solidão emocional envolve a falta ou perda de uma relação psicologicamente íntima com outra pessoa ou pessoas.

O indivíduo emocionalmente solitário sente-se muito só e pode recuperar-se apenas quando estabelece novos relacionamentos em profundidade com outras pessoas.

A solidão social é o sentimento de falta de propósito, ansiedade e vazio. O indivíduo sente-se como estivesse fora de tudo e a margem da vida, em lugar de um relacionamento profundo com um companheiro a pessoa precisa de um grupo de pessoas que lhe de apoio . A solidão existencial refere-se ao afastamento das pessoas junto a Deus, o que acaba tornando a vida sem significado ou propósito.

Há uma diferença significativa entre solidão e isolamento. O segundo pressupõe que de forma voluntária a pessoa se afastou das demais pessoas por uma necessidade sua, já no caso da solidão, isto ocorre sem que a pessoa queira esse isolamento.

d) Depressão

Na vida temos os dias bons, onde tudo que é proveitoso para nós nos sucede, temos também os dias comuns, onde não ocorre nada de significativo, nem de bom, nem de ruim, e em terceiro lugar temos os dias sombrios, repletos de problemas e dificuldades. Quando estes dias sombrios são persistentes, podemos caracterizar então por uma fase de depressão.

A depressão ou melancolia como era chamada anteriormente tem sido reconhecida com um problema há mais de 2000 anos. A depressão é algo que todos experimentam até certo ponto e em períodos diferentes da vida. A depressão tem sido decididamente considerada como o sintoma psiquiátrico mais comum, encontrada tanto em caráter temporário, na pessoa normal que passou por uma grande decepção, como na profunda depressão suicida psicótica.

Os sinais de depressão incluem tristeza, apatia e inércia, tornando difícil continuar vivendo ou tomando decisões; perda de energia e fadiga, normalmente acompanhadas de insônia pessimismo e desesperança; medo, auto-conceito negativo, quase sempre acompanhado de auto-críticas e sentimentos de culpa, vergonha, senso de indignidade e desamparo; perda de interesse no trabalho, sexo e atividades usuais, perda de espontaneidade; dificuldade de concentração; incapacidade de apreciar acontecimentos ou atividades agradáveis; e freqüentemente perda de apetite.


As depressões podem ocorrer em qualquer idade e apresentam-se de várias formas: Reativa - Reação a uma perda real ou imaginária; Endógena- Surge espontaneamente do íntimo, comum entre idosos; Psicótica - Envolve desespero intenso e atitudes autodestrutivas; Neurótica - Mescla-se com níveis elevados de ansiedade. Algumas depressões são crônicas ( longa duração), e outras vezes agudas ( intensas, mas de curta duração).

e) Ira

A ira é um estado emocional, experimentado por todas as pessoas, e impossível de definir com precisão. Ela ocorre em vários graus de intensidade, desde o aborrecimento leve, até a raiva violenta. Ela tem início na infância e se perpetua até a velhice. Pode ser oculta e mantida no íntimo, ou expressa abertamente. Sua duração pode ser curta, surgindo e sumindo rapidamente, ou talvez persista durante décadas em forma de amargura, ressentimento ou ódio.

A ira pode ser destrutiva, principalmente quando persiste na forma de agressão, falta de perdão ou vingança. Mas tem também possibilidade de ser construtiva, quando nos motiva a corrigir a injustiça ou pensar criativamente. A ira desperta quando nosso progresso em direção a um alvo desejado é impedido. Ela envolve uma reação física bem como um sentimento que no geral é consciente, mas algumas vezes fica sepultado por trás de uma fachada calma e sorridente.

A ira tem sido chamada como principal sabotador da mente e é fator importante na formação de várias doenças, sendo a principal causa da miséria, depressão, ineficiência, doenças, acidentes, perdas de horas de trabalho, e perdas financeiras nas indústrias. A eliminação da hostilidade é um fator preponderante na sua solução, além é claro da compreensão sobre a forma em que se dá a ira.

A ira humana é normal, não sendo necessariamente pecaminosa, porém a ira justa, pode se tornar injusta pela internalização ( fechar-se), ou pela manifestação da ira (explodir-se). A ira humana pode e deve ser controlada, conforme mandamento divino.

f) Culpa

A culpa é o ato de transgredirmos um princípio legal, moral, cívico, pessoal, de forma espontânea ou involuntária, podendo ser classificado de maneira diferenciada de acordo com os sentimentos envolvidos na ação, bem como de acordo com o enfoque e angulo da visão do fato.



A culpa tem sido o ponto mais comum em que a psicologia e a religião se encontram. A culpa predomina de tal modo em nossa sociedade que vários tipos foram identificados, podendo ser divididos em duas categorias; - A culpa objetiva, e - A culpa subjetiva.

Os tipo de culpa objetiva são quatro : A culpa legal é aquela em que uma lei é violada, a culpa se dá independentemente da pessoa ser ou não apanhada no erro, e independentemente de ela sentir remorso ou não; A culpa social se dá quando quebramos uma norma social esperada, porém não estabelecida como regra de lei; A culpa pessoal ocorre quando o indivíduo fere seus princípios morais, e padrões pessoais, ou resiste aos apelos da consciência; A culpa teológica envolve a violação das leis de Deus, e normalmente é conhecida como pecado.

A culpa subjetiva é o sentimento pouco confortável de pesar, remorso, vergonha e autocondenação que surge com freqüência quando fazemos ou pensamos algo que sentimos estar errado, ou deixamos de fazer algo que deveria ser feito. Com freqüência surge o desânimo, a ansiedade, medo do castigo e um sentimento de desolação, tudo junto como parte do sentimento de culpa. Tais complexos de culpa nem sempre são maus. Eles podem nos estimular a mudar nosso comportamento e buscar o perdão de Deus e de outros. Mas os sentimentos de culpa também podem ser destrutivos, tornando nossa vida miserável.

4) Explique a vida de solteiro, escolha e casamento.

Solteiro

O estilo de vida do solteiro é visto às vezes como sendo do tipo despreocupado, sem laços de espécie alguma. Para muitos solteiros isso não poderia estar mais longe da verdade. Em nossa sociedade as pessoas andam em pares. Se você está sozinho é tido como um desajustado, um excêntrico, um embaraço para os amigos casados que nem sempre confiam em você e nem sempre sabem como incluí-lo em suas atividades ou mesmo se devem fazê-lo.

Perseguidos pela solidão, insegurança, complexo de inferioridade e por vezes rejeição, os solteiros são sempres lembrados de que não andam em compasso com a sociedade. Os solteiros pagam impostos mais altos e quase sempre têm dificuldade em conseguir crédito, seguro, empréstimos, promoções no emprego ou mesmo lugares decentes num bom restaurante.

Encontrar outros solteiros é um problema. Os contatos nos bares de pessoas sozinhas ou clubes noturnos podem ser transitórios de destrutivos; assim sendo, alguns indivíduos se voltam para a igreja. Muitos solteiros descobrem, porém, que não são bem vindos, ou, na melhor das hipóteses, apenas tolerados pelos membros da igreja que não compreendem, não sabem como relacionar-se com solteiros, e outras vezes rejeitam decididamente as pessoas solteiras – especialmente se são divorciadas. Como é natural, muitos indivíduos nessas condições têm vidas cheias, úteis e significativas. Consideremos Jesus, por exemplo. Mas muitos outros acham difícil viver como solteiros e para eles o aconselhamento talvez ajude.

Escolha

Entre as decisões mais importantes que temos que tomar na vida, após a decisão de aceitar a Cristo como salvador de nossa alma, vem a seguir a escolha de um companheiro para a vida.

Em nosso período da história, o casamento não tem mais o caráter sagrado comum até meio século atrás. Viver juntos sem casar-se, entrar no matrimônio casualmente e dissolvê-lo livremente são partes aceitas de nosso estilo de vida ocidental. Para muitos a escolha cuidadosa de um companheiro para a vida e o compromisso de viver com o parceiro escolhido “para o melhor ou pior” foram substituídos por uma atitude egoísta que vê o casamento como um arranjo conveniente, o qual pode ser sempre terminado no caso do amor esfriar.

Para os cristãos porém a permanência do casamento é ainda reconhecida, pelo menos em teoria caso não o seja na prática. O divórcio, embora comum, não é encorajado e o solteiro leva muito a sério a escolha do cônjuge. Num esforço de certificar-se de estarem fazendo a escolha certa , muitos solteiros buscam o conselho de um amigo cristão , pastor ou conselheiro profissional. Esses conselheiros têm uma tarefa importante, mas difícil, ao auxiliarem o aconselhado a escolher seu companheiro.

Casamento

O conflito no lar é quase universal. Antes do casamento, as pessoas que se amam tendem a enfatizar as semelhanças e negligenciar as suas diferenças. Existe quase sempre a crença de que “o nosso amor será diferente”, mas as tensões crescem e aparecem quando duas pessoas vindas de ambientes diversos e com personalidades diferentes, começam a viver juntas na mais íntima de todas as relações humanas.

Os esforços mútuos para ajustar-se, disposição para transigir, e a experiência de aprender como solucionar conflitos, tudo isso ajuda os casais a a conviverem e moldarem um casamento cheio de amor e funcionando relativamente bem. Mas isto é geralmente difícil. Os atritos e tensões no geral acabam explodindo, o que por sua vez, cria mais tensão.


Na nossa sociedade moderna os problemas se agravam pelo conceito predominante sobre o casamento. Numa época em que o divórcio era raro e no geral condenado para a sociedade, é provável que os casais tivessem mais inclinação para resolver essas diferenças.

Hoje, porém, em contraste, a separação dos cônjuges é coisa comum e disseminou-se bastante a idéia de que o divórcio pode ser sempre utilizado como um meio de fuga, caso os conflitos conjugais se agravem demasiadamente. “diferenças irreconciliáveis” ou “rompimentos sem volta” tornaram-se causas para divórcio e existem até lugares que o casamento pode ser dissolvido legalmente quando um, ou ambos os cônjuges simplesmente decidem que não desejam mais continuar casados.

Com exceção de um, ou dois períodos breve de nivelamento, a porcentagem de divórcios tem crescido constantemente desde a virada do século. O casamento, união permanente criada por Deus, vem sendo tratado cada vez menos, seriamente, e cada vez mais como um arranjo temporário.

5) A educação dos filhos, como deve ser feito pelos pais ?

Os pais e as mães, têm a responsabilidade de amar seus filhos, dar exemplos de comportamento cristão amadurecido, cuidar das necessidades deles, ensinar os filhos e discipliná-los com justiça. Treinar a criança no caminho em que deve andar é mais facilmente discutido do que realizado. Os filhos, como os pais, têm diferentes personalidades e as diretrizes bíblicas para a sua educação, não são tão específicas quanto algumas pessoas gostariam que fosse , existe porém no velho testamento uma seção, que trata especificamente do assunto.

A educação dos filhos no lar cristão, envolve:

O ouvir – O bom pai procura ouvir o mandamento de Deus e compreende-los tão bem que estarão guardados no coração.

Obedecer - O conhecimento não basta, além de ouvir é preciso praticar os mandamentos.

Amar – Devemos amar a Deus e nos entregarmos a ele de todo nosso coração. A infância é importante, porém as crianças só ficam conosco temporariamente e depois nos deixam, por isso os pais não devem existir unicamente para os filhos. Eles devem existir primordialmente para Deus.

Ensinar – O ensino deve ser feito de 4 maneiras : Diligentemente, Repetidamente, Naturalmente e Pessoalmente.


Entre as causas dos problemas dos filhos, pode ser citado a instabilidade no lar, as falhas dos pais, as necessidades não satisfeitas, a negligência da parte espiritual, e outras influências.

Os efeitos da má educação são sentidos, tanto pelo pai, como pelos filhos. Sendo que dentro os efeitos patológicos mais graves que poderão atingir os filhos, podemos citar: Distúrbios Psicofisiológicos, distúrbios de desenvolvimento, distúrbios psiconeuróticos, distúrbios da personalidade, distúrbios sociopáticos e delinquentes, depressão na infância, distúrbios psicóticos, dano cerebral e retardamento mental, hiperatividade, incapacidade de aprendizado.

Muitos acham fácil falar sobre a arte de ser pai, até que tenham filhos. As teorias favoritas sobre como educar filhos são então rapidamente descartadas a medida que as mães e os pais começam uma tarefa para a qual no geral não têm qualquer preparo e que dificilmente dominam.

Entre os conselhos eficazes, podemos citar: Deve ser aceitado o fato de que ser pai é uma das tarefas mais importantes da qual jamais se empreenderá, e deve se dividir o tempo e energia de acordo com ela; Deve se refletir sobre o papel que se desempenhará; não deve se considerar o filho como uma extensão de si mesmo, devemos sentir prazer nos filhos, deve-se amá-los, e crer neles; deve se esperar algo deles, devemos ser sinceros com eles, devemos libertá-los, não prendê-los como se fossem nossa propriedade.


6) Explique a questão sexo ? De acordo com as páginas (243-284) ?


O sexo fora do casamento está se tornando mais comum e mais amplamento aceito à medida que avançamos para o final do século vinte. A coabitação, a prática de homens e mulheres solteiros viverem juntos com plenas relações sexuais, mas sem intenção de casar-se está aumentando de popularidade. A filosofia hedonista do “Play-boy” vem se tornando cada vez mais aceita, enquanto o intercurso sexual pré-conjugal e extra-conjugal parece estar aumentando.

O coito fora do casamento não é porém o único comportamento sexual em separado do mesmo. A homesexualidad, uma orientação sexual que vem sendo praticada há séculos vem se destacando recentemente à medida que os grupos de libertação “gay” vão se tornando cada vez mais visíveis e ativos.



A masturbação, provavelmente o comportamento sexual mais comum juntamente com o intercurso, prevalece de tal forma que não chega a preocupar os pesquisadores, embora a prática provoque sentimentos de culpa e ansiedade em muitas vidas, especialemente entre meninos e rapazes mais jovens. Existem outrossim as formas mais patológicas de expressão sexual como o exibicionismo, o estupro, os travestis, molestamento de crianças, ou bestialidade, cada uma das quais continua a atrair a atenção periódica dos repórteres e psiquiatras.

A nossa sociedade ao que tudo indica, está obcecadapelo sexo. Trata-se de um assunto de interesse central nos “campus” das faculdades e na televisão, nas revistas, anúncios de todo tipo, literatura, música, teatro, cinema, arte, conversa popular e até nos negócios, política e igreja. Seria necessário que o indivíduo fosse um eremita a fim de evitar os estímulos para o despertar do sexo em nossos dias. Aquilo que Deus criou para o prazer e intimidade tornou-se pervertido – o principal exemplo do pecado e enfermidade moral que caracteriza os seres humanos modernos.

A sexualidade sadia busca o prazer erótico no conteúdo da ternura e afeição. A sexualidade patológica é motivada por necessidades de confirmação ou alívio de fontes de tensões não sexuais. A sexualidade sadia parece tanto dar como receber prazer, as formas eróticas não tem equilíbrio, dão ou querem receber em excesso. A sexualidade sadia é discriminativa em relação ao parceiro, já os padrões neuróticos, reagem de forma diversa, a periodicidade da sexualidade sadia é determinada pelas tensões eróticas, já a patológica é determinada por tensões não eróticas, e têm tendência a terem padrões compulsivos.

Os valores da sociedade e até mesmo alguns dados científicos, contradizem os ensinos bíblicos. Onde encontrar então os princípios que nos guiarão em nosso aconselhamento e em nosso próprio comportamento moral? A bíblia nem sempre é explicita nessas questões, mas o ajudador cristão considera a palavra de Deus como a única fonte de estabilidade e certeza com respeito à moral. Ela deve ser, portanto, o nosso guia em todo aconselhamento e não apenas quando tratamos da questão do sexo fora do casamento.

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