domingo, 22 de junho de 2008

Estudo Seitas e heresias

Estudo - Seitas e Heresias um Sinal dos tempos – Raimundo F. de Oliveira ED.CPAD

1)Resuma o capítulo 1- O Catolicismo (págs 11-35) e após o resumo, dê a sua opinião sobre o assunto.
De modo geral, no Brasil há duas igrejas em evidência, a Católica Romana (religião oficial do país) e as demais. Enquanto o Catolicismo estrutura-se em "Ordens religiosas" sob um chefe visível – o Papa, as demais igrejas cristãs apresentam-se em "Denominações" todas com uma só base – a Bíblia.
As distâncias entre as Ordens Católicas assemelham-se às distancias entre as denominações evangélicas e com algumas exceções. Nota-se ainda que Católicos e Evangélicos crêem na Santíssima Trindade, Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo; compartilham da doutrina de que Cristo é o Salvador pela sua morte substitutiva; ambas as igrejas ensinam a existência de céu e inferno e aceitam a mesma Bíblia como a Palavra de Deus .
Mas se há tanta identidade, porquê caminham separadas?
Nos primeiros séculos houve uma única comunidade Cristã, Jesus havia dito: " Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome ... Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos!" (Mat. 18:20 e 28:20).
O Cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbíteros e evangelistas; foram homens veneráveis como Policarpo, discípulo do apóstolo João, Inácio, Papias, Justino, Irineo, Origenes, João Crisóstomo e tantos outros.
Entre eles não havia maiores, embora o bispo Calixto tenha sido acusado por Tertuliano, advogado cristão de querer ser o " O bispo dos bispos "(ano 208).
A igreja cristã recebeu o nome de Católica no Concilio de Constantinopla, presidido pelo imperador Romano Teodósio com o decreto "Cunctos Populos" no ano de 381. – Apostólica ela não é; Também não sabemos como ela pode ser Universal e Romana ao mesmo tempo. (ver Rivaux, História Eclesiástica, tomo I - Pág. 347).
Ainda não havia "Papa", mas, nos fins do século IV as igrejas viram-se dominadas por cinco "patriarcas", que foram os bispos de Antioquia, Jerusalém, Constantinopla, Alexandria, e Roma sobre a liderança do Cristianismo, mas o concilio de Calcedônia, no ano de 451, interveio concedendo igualdade com o bispo de Constantinopla com o de Roma.
O Papado como conhecemos, desenvolveu-se gradativamente, sustentado a princípio pelo Império Romano; não teve data de nascimento, não foi instituído por Cristo nem pelas igrejas, é intruso no Cristianismo e não se enquadra na Bíblia – conseguiu com sutileza manter-se na posição que ocupa.
O Catolicismo começou a tomar forma quando no ano 325 o Imperador Romano Constantino, convertido ao Cristianismo, convocou o 1º Concílio das igrejas que foi dirigido por Hósia Córdova com 318 bispos presentes. Constantino construiu a igreja do Salvador e os Papas passaram a ocupar um palácio oferecido por Fausta. – No século XV demoliram a igreja do Salvador para dar lugar à Basílica de São Pedro.
As igrejas que eram livres começaram a perder autonomia com o Papa Inocêncio I, ano 401 que dizendo-se "Governante das igrejas de Deus exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele."
O Papa Leão I, ano 440, impôs mais respeito prescrevendo "Resistir a sua autoridade seria ir para o inferno" — Este papa aumentou sua influência bajulando o imperador Valentiniano III no ano 445, que cedeu a pretensão dele de exercer autoridade sobre as igrejas até então nas mãos do Estado.
Os historiadores viram nele "O papado emergindo das ruínas do império romano que desintegrava herdando dele o autoritarismo e o latim como língua."
A palavra "Papa" significa pai, assim como Padre.; até o século V todos os bispos ocidentais foram chamados assim. Aos poucos restringiram esse tratamento aos bispos de Roma, útero que gerou o Papado.
O Papa Nicolau I anos 858-67 foi o primeiro a usar coroa; serviu-se com muito efeito de documentos espúrios surgidos no ano 857 conhecidos como "Pseudas Decretas De Isidoro" - Essas falsas " decretais " eram pretendidas serem de bispos do II e III séculos que "exaltavam o poder dos papas ".
Foram invenções corruptas e premeditadas cuja a falsidade foi descoberta depois da morte desse Papa – Nicolau havia mentido que esses documentos haviam estado por "séculos na igreja".
As "Pseudas Decretais de Isidoro" selaram a pretensão do Clero Medieval com o sinete da antigüidade e o Papado que era recente tornou-se coisa antiga
Foi o maior embuste da história, os historiadores registraram que esses falsos documentos fortaleceram o Papado. ANTECIPOU EM 5 SÉCULOS o poder temporal deles e serviu de base para as leis canônicas da Igreja Católica Romana! (citado por Halley, Pochet Bible Handbook pág. 685)
O ESTADO DO VATICANO desenvolveu-se com o papa Estevão II nos anos 741-52, que instigou Pepino o Breve e seu exército a conquistar territórios na Itália e doá-los à Igreja – Carlos Magno, seu pai, confirmou essa doação no ano 774, elevando o Catolicismo à posição de poder mundial surgindo o SANTO IMPÉRIO ROMANO sob a autoridade do Papa-Rei que durou 1.100 anos.
Carlos Magno próximo da morte arrependeu-se por doar territórios aos Papas, agonizando sofreu horríveis pesadelos lastimando-se assim: "Como me justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os Papas são ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram, devem merecer de Deus um severo castigo! " (Pillati, Ed. Thomp. Tomo III, pag.. 64, 1876, Londres).
O papado que esteve 70 anos em Avinhão na França, voltou a ocupar o Vaticano no ano 1377, trazidos por Gregorio XI; derramaram muito sangue em guerras políticas e religiosas até 1806 quando Napoleão aprisionou o Papa Pio VII , 1740-1823. Mais tarde tentaram reagir, mas, Vítor Emanuelli no ano 1870 derrotou "as tropas do papa" tornando-se o primeiro Rei da Itália, pondo fim no Santo Império Romano, que de santo não nada tinha! (Isso se sucedeu no dia 20 de Setembro de 1870 ).
Os papas ficaram confinados no Vaticano até 1929 quando Mussolini e Pio XI no tratado de Latrão legalizaram esse estado religioso que é "controlado pela Cúria Romana e governada por 18 velhos Cardiais que controlam a carreira de bispo e monsenhores; o papa fica fora dessa pirâmide "(Estado 20-3-82 )
No Brasil os católicos são orientados por 240 bispos mais conhecidos pela posição política do que pela religiosidade, estão divididos entre Conservadores, Progressistas e Não Alinhados... (Revista Veja 30-1-80).
Divergências e Contradições
Se a igreja Católica não se gloriasse de "ser a única" e os papas não ambicionassem a infabilidade, não haveria razão para citar suas divergências e contradições: - O papa Gregório I, por exemplo, pronunciava-se contra um "Sacerdócio universal nas mãos de um só homem", mas foi o que fizeram!
No ano 896 o Papa Estevão VI desenterrou o cadáver do Papa Formoso, tirou-lhe as vestes, cortou sua cabeça e o jogou no Rio Tibre, em Roma!
Entre os anos 1305-77 a igreja foi governada por dois papas ao mesmo tempo, ambos infalíveis. Um em Avinhão na França e outro em Roma, proferindo anátemas e maldições um contra o outro; não temos espaço para citar a famosa "Epístola de Lúcifer" contra o papa de Avinhão no ano 1351!
A INFABILIDADE PAPAL – Essa pretensão começou com as "Pseudas Decretais de Isidoro"(ver pág. 2 deste folheto), mas os Concílios de Posa, o de Constança em 1414, o de Basiléa em 1431 e outros resistiram prescrevendo que "Os Papas estão sujeitos aos Concílios".
Mais tarde, Pio IX ambicioso de poder e glória, impôs o dogma no Concílio Vaticano em 1869-70 tornando-se por decreto "Infalível!" Eis a ficha desse papa: Verberou as liberdades de consciência, de palavra, de culto e de imprensa; fomentou as superstições das relíquias e por conta própria, sem consultar nenhum Concílio, decretou o dogma da Imaculada Conceição em 1854!
A Igreja Ortodoxa chamou a "Infabilidade" de blasfêmia que coroou o papado!
Quando ainda não eram "infalíveis" por volta do ano 1640 erraram no julgamento de Galileu! – Doente e com 70 anos o sábio foi trazido de maca diante do papa Urbano VII para retratar-se de seus conhecimentos de astronomia.
Galileu, temendo a inquisição, retratou-se assinando que a terra "não gira em torno do sol". Ao sair de diante do papa perguntaram-lhe se havia assinado a retratação, Galileu disse: "Assinei, mas que gira, gira!" (Diálogos T.X. pág. 281)
Nunca se ajeitaram com liberdade e democracia, reclamam esses direitos somente onde não dominam; Pio IX dizia que "A liberdade de consciência foi o mais pestilento de todos os erros!" – A revista NEWSWEEK escreveu que "A Igreja Católica reclama Direitos Humanos no exterior, mas nega concedê-los aos seus próprios povos." (Encíclica de 15-8-1954. Estado, 2-8-83)
Presentemente estão bloqueando o pedido insistente de 6mil padres que desejam deixar a batina, mesmo assim 1274 deles "escaparam" em 1982. O Vaticano informou que durante a década 1973-83 em todo mundo 81.713 padres deserdaram! (Estado 13-2-80, 11-9-84 e 7-9-1985)
O sincretismo religioso atesta as contradições da Igreja: as doutrinas básicas da Bíblia não são importantes e as estatuetas religiosas do Catolicismo e as dos "Terreiros" se misturam nas procissões e nos lares.
Divorciado dos Evangelhos, o Catolicismo não consegue gerar seus próprios sacerdotes. "A metade dos padres no Brasil são estrangeiros!" (Ver. Veja 30-1-80)
Muitos bispos e maiores na hierarquia, divergem de vários dogmas que fossem abolidos aplaudiriam! – Está surgindo entre os Redentoristas e os Paulinos, padres que questionam o culto à Maria e às suas "enganosas aparições" – É um sopro Divino!
A mariolatria tende a decrescer e quem sabe, os Católicos se voltarão para Cristo "Nossa única esperança!"(Ver reportagem no Estado, 7-9-85)
O Vaticano manifesta-se contra o divórcio ficando "angustiado" quando é votado nos países católicos, mas mantém o Tribunal de Rota que anula casamentos de casais ilustres por grandes somas! – Querem o monopólio.
Induzem consciências sensíveis, especialmente do sexo feminino, escravizando-as: Há milhares de mulheres e moças sem identidade, enclausuradas em lúgrebes conventos devido a fé falsa que abraçaram! – Ninguém sabe que tipo de tratamento recebem; o Vaticano deveria ordenar a recuperação de suas mentes distorcidas, abrir os portões, devolvendo-as à sociedades! "O Convento, no dizer do escritor Jules Michelet, é o inferno onde a lei não entra!"(O Padre, a Mulher e a Família, pág 144)
O VATICANO EM SEUS CONCÍLIOS ALTERA A DOUTRINA CRISTÃ
As datas abaixo sofrem pequenas variações nos tratados, mas são reais e confiáveis. Essas alterações criaram dogmas que são doutrinas indiscutíveis para a Igreja Católica, impedindo o clero de raciocinar, examinar e decidir entre o certo e o errado!
Verifica-se que o Catolicismo é uma maquinação ardilosa contra a inteligência e a liberdade, nas palavras de Aberdeem Gladestone.
Muito doxd mas são baseados em lendas e suposições, outros estão impregnados de crendices que rebaixam o nível do Cristianismo original.
A maioria dos dogmas foram criados com fins lucrativos, outros conferem ao clero certa autoridade e influência social.
EIS ALGUMAS ALTERAÇÕES ESTRANHAS ÀS SAGRADAS ESCRITURAS:
Sempre houve, mesmo antes da Reforma, líderes e igrejas não-católicas perseguidas pelos papas. Entre eles os:
Albigênses
Valdenses
Anabatistas, etc.
O CATOLICISMO DESVIA A IGREJA DOS EVANGELHOS
Ano da instituição:
310, começam as rezas pelos mortos
320, começam a usar velas nas igrejas
325, o Imperador Constantino celebra o primeiro Concílio
394, o culto cristão é substituído pela missa
416, começaram a batizar crianças recém-nascidas
431, instituído o culto `Maria, mãe de Jesus
503, o Purgatório começa a existir... Missas pagas começaram no ano 1476
787, começam com os cultos à imagens
830, começam a usar ramos e água benta
933, instituída a canonização de "santos"
1184, Inquisição. Efetivada anos depois.
1190, instituem a venda de indulgências
1200, a hóstia substitui a Ceia
1216, instituída a confissão
1215, decretam a Transubstanciação
1546, livros apócrifos na Bíblia
1854, dogma da Imaculada Conceição
1870, infabilidade papal
1950, Assunção de Maria
Devido a essas alterações, a Igreja deixou de ser legítima e causou várias brechas no Cristianismo; a cada alteração nas doutrinas bíblicas, levas de Cristãos organizavam igrejas independentes que se reuniam nas catacumbas de Roma.
Em 869 a Igreja Oriental separou-se de Roma recusando submissão ao papa, originando a Igreja Católica Ortodoxa.
Em 1517 o Monje Martin Lutero encontrou a Bíblia, inspirou-se nas palavras do apóstolo Paulo em Romanos 1:17, onde diz: "O justo viverá da fé." Raciocinou que a Salvação nos é dada pela fé em Cristo e não pelos ritos, sacramentos e penitências receitadas pelo catolicismo.
A palavra "protestante" apareceu quando Clemente VII 1529, tentou impedir que o Evangelho fosse pregado em alguns estados da Alemanha!
Os Cristãos não católicos fizeram um PROTESTO contra essa pretensão do papa e receberam o nome de PROTESTANTES, aplicado hoje a todos os evangélicos.
O mundo seria outro se a Igreja dos papas fosse desraigada de maneira mais profunda. O Cristianismo seria mais bíblico e menos idólatra.
O CONFRONTO BÍBLIA – CATOLICISMO ROMANO
Nos primeiros séculos, a Igreja manteve as doutrinas originais lutando contra os Concílios dos Papas. São Cipriano, bispo de Cártago, anos 249-58, alertava: "Não recebo opinião diferente das Escrituras Sagradas, seja de quem for!
"São Jerônimo anos 340-420 dizia o mesmo: "Se estiver escrito recebemo-lo, se não estiver escrito não receberemos, o que eles apresentam como Tradição a palavra de Deus o vesgasta!"
Foi contrariando homens como esses que a Igreja Católica perdeu a legitimidade (Adv. Creseon, pág.40, In. Agg. Proph., Cap. 1, no. 2)
Papa Pio IX anos 1846-74 definia a aversão da Igreja contra a Bíblia com estas palavras: "A leitura da Bíblia é um veneno!" – Em 1864 confirmou sua posição dizendo: "A propagação da Bíblia é uma peste!"(Sillabus, 8-12-1864)
Eis alguns pontos do confronto Bíblia-Catolicismo:
1º - ADORAÇÃO – O primeiro mandamento prescreve: "Eu sou o Senhor teu Deus! Não farás para tí imagens de escultura nem semelhança do que há em cima no céu... não te encurvarás a elas nem a servirás", e o apóstolo João disse que "os ídolos devem ser evitados"(Êxodo 20 e I João 5:21)
No Catolicismo as imagens têm prioridade por serem os esteios da Igreja! No rosário há paganismo e as estatuetas católicas são formas de idolatria que contrariam os 10 mandamentos.
Cristo ensinou a verdadeira adoração com estas palavras: "DEUS É ESPÍRITO, OS VERDADEIROS ADORADORES ADORARÃO O PAI EM ESPÍRITO E VERDADE, PORQUE O PAI PROCURA TAI QUE ASSIM O ADOREM."(João 4:23)
Adorar em espírito é usar a mente e o coração em direção a Deus, sem fitar imagens de escultura que anulam a devoção!
2º - MEDIAÇÃO – O apóstolo São Paulo lembrou que "SÓ HÁ UM MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, JESUS CRISTO e o apóstolo Pedro disse: DEBAIXO DO CÉU NÃO HÁ OUTRO NOME PELO QUAL DEVAMOS SER SALVOS" (II Tim 2:5 e Atos 4:12).
A igreja no entanto fez de Maria "Medianeira" até bispos e padres se fazem de mediadores e perdoadores de pecados como se fosse possível substituir Cristo em suas atribuições!
3º - ETERNIDADE E SALVAÇÃO – O Novo Testamento em vários textos refere-se a certeza da Salvação dizendo: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e tua casa; quem crer no Filho de Deus tem a vida eterna; quem crer e for batizado será salvo, etc."
Dom HELDER CÂMARA no entanto, falando à Revista Veja nr. 867, surpreendeu dizendo que "Não tinha certeza da Salvação de sua alma!" – Como harmonizar o testemunho desse bispo com as afirmativas do Novo Testamento?
Se um bispo está nessa situação espiritual, que dizer do católico comum?
Alguns bispos e padres quando faleceu Dr. Tancredo Neves, proclamaram que "Os anjos levaram a alma de Tancredo para os braços de Deus!", o que foi confortador, mas sete dias depois a Igreja deu marcha-ré, ordenando missas por Tancredo nas chamas do Purgatório! – Afinal Tancredo está nos "braços de Deus ou em tormento?"
O Catolicismo atravanca o maravilhoso Caminho da Salvação com ritos, cerimônias, penitências, cultos à imagens e finalmente joga as almas no purgatório! – Dificultam a salvação para tirar proveito!
4º - LIMBO E PURGATÓRIO são lugares intermediários para onde "vão as almas dos católicos quando morrem" – As demais igrejas cristãs desaprovam esses dogmas. – Esses lugares não existem, mas são lucrativos e a igreja não os dispensa.
Ao criar o purgatório foram hábeis, pois prescrevem que "Os mortos nesse lugar, se comunicam com os vivos através das Missas de intenção e das indulgências!"- É aí que a igreja entra com seu "serviço!"
LIMBO é mais indecifrável, pois sendo instituído para receber as almas das crianças que morrem sem batismo, abriga também, os que por razões especiais não estão no purgatório! – Esses lugares intermediários são estranhos na Bíblia!
O Vaticano e o Pedestal de Maria (I)
No escudo do Papa João Paulo II, com referência à Maria - mãe de Jesus, está gravado: "TOTUS TUUS", ou seja TODO TEU! O Papa refere-se a ela como co-redentora.
Gradativamente papas, bispos e padres vêm destronando Deus e Cristo do coração dos católicos, substituindo-os pela devoção às imagens e pelo culto à Maria. – Confirmam as palavras do apóstolo Paulo que disse: "Honraram e serviram mais a criatura que o Criador", ignorando outro texto bíblico que diz "Deus não reparte Sua glória com as imagens de escultura!"(Romanos 1:25 e Isaías 42:8 – ver Estado de São Paulo 25-3-83)
Na eternidade "Não se casa nem se dá em casamento" disse Cristo, não haverá sexo, ninguém nasce porque ninguém morre! "Todos serão como anjos de Deus, a carne e o sangue não herdarão o Reino dos Céus."
Sendo assim com que propósito o Catolicismo alimenta a idéias de Maria como mulher está no céu com prerrogativas especiais? (Mat. 22:30 e I Cor 11:50).
MUITOS DOGMAS DO CATOLICISMO por serem anti-bíblicos levaram séculos para serem "assimilados" – Veja como são introduzidos gradativamente:
1º - No Concílio de Éfeso, ano 431 declararam Maria como Mãe de Deus.
Na verdade ela foi mãe do corpo físico de Jesus. Deus não tem mãe!
2º - No Concílio de Latrão, ano 469, determinaram que Maria não teve outros filhos. – O Novo Testamento, no entanto, registrou que "José não coabitou com Maria SOMENTE ATÉ nascer Jesus". A Bíblia diz que "Maria deu a luz a seu Filho PRIMOGÊNITO". Se foi primogênito é porque vieram outros!...
Com 12 anos Ele ausentou-se e o casal aflito o procurou. Maria disse ao menino Jesus "Eu e TEU PAI te procuramos!"- Se procuraram o filho juntos é porque conviviam! (Mat. 1:25, Lucas 2:7 e 2:42-48)
Iminentes cristãos inclusive do II Século registraram que Maria teve outros filhos com José; afinal casar-se e Ter filhos não densora, o que desmerece e muito é a condição de celibatário!
3º - No Concílio de Nicéa, ano 787, instituíram o Culto à Maria (hiperdulia)
A igreja foi hábil pedindo a uma mulher, a Imperatriz Irene, que presidisse o Concílio! Com esse estratagema conseguiram sensibilizar os bispos que aprovaram a nova devoção sancionada pelo papa Adriano I.
Essa devolução é ilusória. Maria não toma conhecimento, porque inclusive os Santos não tem onipresença, nem onisciência, atributos exclusivos de Deus!
4º - O Dogma da "Imaculada Conceição" foi proclamada em 1854 pelo papa Pio IX, por conta própria e sem consultar nenhum Concílio! – Esse papa verberou as liberdades de Consciência, de Culto, da Palavra e da Imprensa!
5º - Cem anos depois, em 1950 a velha Igreja Católica escorrega de novo, deixando a cristandade perplexa! – Baseando numa lenda infantil, de 15 séculos atrás, o papa Pio XII proclama a "Assunção de Maria!"
Cogitam aumentar o peso de sua coroa proclamando- a "Rainha dos Céus, mãe de todas as graças" e outros exageros que se estivesse aqui, recusaria!
A caducidade da Igreja pode aumentar, já há entre eles quem deseje uma posição de Maria na Santíssima Trindade! – Abyssus, abyssum invocat!
A mãe de Jesus é invocada no Catolicismo como Nossa Senhora do Parto, das Dores, da Agonia, etc. Mas, a menção mais insensata e irreverente à Maria encontramos nas palavras do Padre Antônio Vieira (Vol. 10, pág 198), onde compara o "VENTRE VIRGINAL DE MARIA COM A LETRA Ó". Essa expressão deu origem à Nossa Senhora do Ó, adorada em todo o Brasil!
Muito mais estranho é a doutrina dos jesuítas no "ÉLUCIDARIUM DE POSA", onde descrevem Maria, concorrendo como homem e mulher para produzir o corpo de Cristo! (Secundan generalem naturae tenorem ex parte maris et ex parte feminae). – As igrejas evangélicas não são irreverentes assim com o nome da mãe do Salvador! (Ver Os Jesuítas, Ano IV, nr. 1, pág 5 , Rio de Janeiro).
Quando a imagem de Maria foi introduzida pela primeira vez nas igrejas no ano 450, o clero acalmava os cristãos explicando que a imagem servia para "CONTRABALANÇAR" com as formosas deusas pagãs que desfilavam nas procissões de Roma, inferiorizando o Cristianismo!...
Mais tarde, verificou-se que o Catolicismo incentiva a devoção à Maria para sensibilizar e atrair o sexo feminino que mobiliza famílias e pessoas para as missas e "festas dos santos e padroeiros..."
"Os Jesuítas dizem que A mulher é um grande instrumento! É a chave com a qual se entra nas famílias, com elas se consegue grandes séquitos, as festas se tornam pomposas e ajudam a igreja manejar as plebes!" (Borba Crainha, Liceu de Braga, Portugal)
Para incentivar essa devoção os Dominicanos criaram a "Salve Rainha" no ano 1221 e o jesuíta João Leunis instituiu a "Congregação Mariana" em 1563.
Em 5 de março de 1967 na Capela Sixtina, o pontífice, ignorando as Sagradas Escrituras, reafirmou a blasfêmia que desloca Jesus proclamando: "Vamos a Maria, através dela chegaremos a Jesus!" Embora sem êxito a igreja teima na posição de Maria como mediadora.
Nome da mãe de Jesus é usado na Igreja Católica para vários fins. Na cidade de Aparecida, Estado de S. Paulo, usam-no para atrair romeiros, em geral pessoas crédulas, das quais a igreja recolhe proventos, usando vários artifícios.
Clero não crê nos milagres e lendas em torno da imagem da Aparecida e previne que "A igreja de modo nenhum pretende fazer de tais relatos matéria de fé."(Pergunte e Responderemos 71/1963).
A única razão prática daquele enorme templo em Aparecida é recolher dinheiro, enquanto o povo curte a crendice; não traz nenhum benefício espiritual, pelo contrário, rouba a adoração que os romeiros devem a Deus!
A história dessa basílica vem de 1717 quando João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, recolheram numa rede, no Rio Paraíba, uma imagem de uns 30 centímetros e fizeram-lhe uma capela.
Por várias noites a "imagem fugia e era encontrada no morro dos coqueiros" o padre José Alves Vilela, um espertalhão que planejava tudo, dizia na missa que a "santinha desejava uma igreja em cima do morro!" mas o bispo desobedeceu a "imagem fujona" e fez o templo onde se encontra.
A "Fundação Aparecida" faz na cidade um grande negócio! Possui Hotel, 4 restaurantes, 80 lojas, uma fábrica de velas, estação de rádio, etc. Esse complexo rendia em 1980, 600 milhões de cruzeiros, ou seja, 4 vezes o orçamento do município!
Os entendidos em Catolicismo Romano dizem que "Se eles não ensinarem essa devoção ao povo simples, a Igreja vem abaixo, o clero perde o prestigío entre as mulheres e grande parte dos lucros que usufruem.
A REZA "AVE MARIA" vem do ano 1317, foi escrita e difundida pelo papa João XXII anos 1316-34. – A palavra AVE era saudação dos romanos ao seu imperador nas arenas; quando o anjo saudou Maria disse-lhe: SALVE! Lucas 1:28.
Nessa reza João XXII misturou doutrina espírita com textos bíblicos para confundir, pois a expressão "Rogai por nós agora e na hora da nossa morte" é estranha ao Cristianismo e na Bíblia. Os cristãos jamais apelaram para os mortos, mesmo que tenham sido santos!
Essa frase foi introduzida na reza, maliciosamente, pois sugere Maria como Mediadora, contrariando as Escrituras Sagradas que dizem: ‘Só há um MEDIADOR entre Deus e os homens, Jesus Cristo!"(I Tim. 2:5)
Cristo não ensinou rezas, ensinou orações. Rezar é repetir textos decorados, usando o rosário como instrumento de repetição. Ele disse: "Ao orar não useis de vãs repetições, pois não é por muito falar que se é ouvido."(Mat.6:7)
De acordo com o ensino do catolicismo romano, a Santa Maria, mãe de Jesus, foi concebida sem pecado. Tal ensino está definido no Compêndio Vaticano II, pág. 105: "Daí não admira que nos Santos Padres prevalece o costume de chamar a Mãe de Deus toda santa, imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo e formada nova criatura". As expressões "concebida sem pecado" e "imaculada" são comuns nas rezas e escritos romanos. O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi definido no ano de 1854.
A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a intervenção direta do Espirito Santo no ventre de sua mãe, tal como aconteceu com Jesus. E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia. Contrariando a tese romana, a Palavra de Deus declara de modo enfático, sem rodeios: "POIS TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS, E SÃO JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, PELA REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO JESUS" (Romanos 3.23). Como resultado da desobediência de Adão e Eva, TODOS somos pecadores; todos trouxemos ou herdamos a natureza pecaminosa do primeiro casal; todos fomos atingidos pelo "pecado original". A Bíblia fala em TODOS. Todos, sem exceção. Dos santos do Antigo Testamento (Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias, Isaías, dentre outros) aos do Novo Testamento (Mateus, João, João Batista, Paulo, Pedro, José, Maria e outros), todos pecaram e necessitaram da graça de Deus para serem justificados.
E ainda: "PELO QUE, COMO POR UM HOMEM ENTROU O PECADO NO MUNDO, E PELO PECADO A MORTE, ASSIM TAMBÉM A MORTE PASSOU A TODOS OS HOMENS, PORQUE TODOS PECARAM" (Rm 5.12). Ora, "semente gera semente da mesma espécie". Uma semente de manga vai gerar manga. Assim acontece com
a laranja, com o abacate e com as demais frutas. Assim aconteceu com os homens. Somos da semente de Adão. Jesus foi o único que não herdou a maldição do pecado porque Ele foi gerado pelo Espírito Santo.
"Todos estão debaixo do pecado. Não há um justo. Nem um sequer" (Rm 3.9c, 10). Em lugar nenhum da Bíblia está escrito que a Santa Maria foi uma exceção. Maria está incluída no "TODOS PECARAM". A própria Maria, mãe de Jesus, reconheceu ser pecadora, quando disse: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lc 1.46-47). Ora, uma pessoa sem mácula, sem mancha, sem pecado não precisa de Salvador. Ela declarou que sua alma necessitava ser salva. Ela clamou pela graça salvadora de Deus, pois "pela graça somos salvos, mediante a nossa fé" (Ef 2.8).
De Jesus a Bíblia diz que "Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano"(1 Pe 2.22). A mesma afirmação não se pode dizer com respeito a Maria, porquanto ela está inclusa no "Todos pecaram". Assim diz a Palavra de Deus.
Em oposição a essa verdade, dizem os romanistas que para gerar um ser puro - Jesus - Maria teria que ser de igual modo pura, porque um ser impuro não poderia acolher um ser puro. Ora, se admitido como verdadeiro e correto tal raciocínio, teríamos de admitir que a mãe da Santa Maria deveria ser, também, pura para carregar no seu ventre uma pessoa imaculada. A avó de Maria, por sua vez, teria que ser pura. E, nesse passo, chegaríamos ao primeiro casal Adão e Eva. E estaríamos dizendo que a Palavra de Deus é mentirosa, quando afirma: TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE
DEUS"(Romanos 3.23; 5.12).
A Igreja de Roma assegura que a Santa Maria, mãe de Jesus, conservou-se virgem até a sua morte, daí porque nas rezas a ela dirigidas é chamada de "Sempre Virgem Maria". Vamos ver o que diz a Palavra de Deus a respeito disso.
Antes do nascimento de Jesus, Maria e José não mantiveram relações íntimas. Nascido Jesus, e passado o período pós-parto, o casal passou a ter uma vida normal de marido e mulher e teve os seguintes filhos: Tiago, José, Simão, Judas e, no mínimo, duas filhas, conforme está registrado no Evangelho segundo São Mateus, capítulo 13.55-56, como segue:
- "Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs?"
Corroborando essa afirmação, lemos no mesmo livro de São Mateus:
- "Estando Maria, sua mãe (mãe de Jesus), desposada com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu marido, sendo justo e não querendo difamá-la, resolveu deixá-la secreta-mente. Projetando ele isso, em sonho lhe apareceu um anjo do
Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher. MAS NÃO A CONHECEU ATÉ QUE ELA DEU À LUZ UM FILHO. E ELE LHE PÔS O NOME DE JESUS" (Mt1.18-20, 24-25) .
A expressão "ATÉ QUE" - "não a conheceu até que ela deu à luz um filho" - indica um limite de tempo, no espaço ou nas ações. Poderíamos traduzir assim: José não manteve relações íntimas com Maria enquanto ela estava grávida de Jesus, aliás, em cumprimento à profecia: "a virgem conceberá e dará à luz um filho ..." (Is 7.14). Veja-se que o anjo do Senhor falou a José, em sonhos, declarando o seguinte: "Não temas receber a Maria tua mulher". Isto significa dizer que José deveria continuar casado com Maria, apesar da gravidez inusitada; que o seu projeto de vida a dois não deveria sofrer qualquer retrocesso; que o casal não deveria partir para o desenlace; enfim, eles, José e Maria, deveriam continuar casados. No meu entendimento, se a vontade de Deus fosse perpetuar a virgindade de Maria, a fala do anjo a José seria restritiva e mais objetiva. No entanto, o anjo
deixou aberta a possibilidade de os dois viverem uma vida normal de marido e mulher: "NÃO TEMAS RECEBER A MARIA TUA MULHER" (Mateus 1.20). É bom observar a
expressão "a tua mulher". Maria foi a mulher de José.
Vejamos outras passagens da Bíblia sobre a família de Jesus. "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te" (Mt 12.47). "Não temos o direito de levar conosco...os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? (1 Co 9.5). "Depois disto desceu para Carfanaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos" ( Jo 2.12) . "Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor" (Gl 1.18-19). Contra o argumento de que era costume naquela época o tratamento de "irmãos" para todos os parentes e discípulos, lembramos que nas passagens acima vê-se nítida diferença entre ser apóstolo/discípulo e ser irmão do Senhor. E mais: "E foram ter com Ele sua mãe e seus
irmãos, e não podiam aproximar-se dEle, por causa da multidão. E foi-Lhe dito: Estão lá fora tua mãe e teus irmãos, que querem ver-Te"(Lc 8.19-20).
Ademais, não consta que Maria fizera voto de castidade. José, seu marido, também não cogitou disso. O sexo não é pecado quando praticado entre casados. O anjo Gabriel ao anunciar a Maria o plano de Deus, de gerar no seu ventre o Salvador, e ao explicar o fato a José, não exigiu dela a manutenção da virgindade, nem de José o sacrifício da abstinência. As mães do mundo inteiro podem gerar muitos filhos e, paralelamente, levarem uma vida de santidade. Maternidade e santidade podem caminhar juntos. O sexo no casamento não é impureza. José e Maria foram abençoados com uma prole de pelo menos seis filhos, afora Jesus, sendo quatro homens e, no mínimo, duas mulheres. Assim diz a Bíblia Sagrada. Lembremo-nos, finalmente, de que Maria "deu à luz a seu filho primogênito..." (Lc 2.7a) Primogênito, segundo o Dicionário Aurélio, diz-se "daquele que foi gerado antes dos outros, que é o filho mais velho". Jesus foi, portanto, o filho mais velho de José e Maria. Já na relação Deus Pai e Deus Filho, Jesus é chamado de unigênito, ou seja, único gerado por Seu Pai, tal como definido em João 3.16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
MEDIANEIRA, INTERCESSORA, ADVOGADA:
Como diz Raimundo F. de Oliveira em seu livro Seitas e Heresias, um Sinal dos Tempos, "a essência da adoração na Igreja Católica Romana não gira em torno do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, mas da pessoa da Virgem Maria. No decorrer dos séculos tem sido as mais diferentes e absurdas crendices, as criadas em torno da humilde mãe do Salvador". Assim, à pág. 1O9 do Compêndio Vaticano II, lê-se: "A Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Adjutriz, Medianeira".
Nosso raciocínio deve ser norteado não pelo que os homens afirmam, declaram, proclamam ou decidem. Em assuntos tais, a Bíblia é a nossa bússola, nosso guia, nossa regra. "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra"( 2 Tm 3.16-17).
A MÃE DE DEUS:
Imaginei de início que o titulo "Mãe de Deus" atribuído à humilde mãe de Jesus fosse apenas uma demonstração de carinho. Com o passar dos anos, notei que se tratava
de algo mais sério. Muitas crianças, jovens e adultos estão convictos de que Maria é mãe do Altíssimo. Sei que estas palavras escritas não alcançarão a massa de 30 milhões de analfabetos, 30 milhões de alfabetizados, 30 milhões que têm medo de confrontar suas tradições e crenças com a verdade.
A Palavra de Deus incomoda. A Bíblia causa uma certa inquietação e até temor. O temor do confronto. A Palavra é como um espelho: quando nos miramos nele percebemos
nossas imperfeições, nossas rugas, nossos pecados. E, em face disso, somos movidos a tomar uma decisão. Desprogramar de nossa mente o que foi armazenado durante cinco séculos é tarefa árdua. Bom, para muitos, é deixar rolar, na onda do "me engana que eu gosto".
A Bíblia nos revela, de Gênesis a Apocalipse, que Deus é o nosso Pai, o Criador de todas as coisas. A oração-modelo ensinada por Jesus começa assim: "PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS". Todos os que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador passam a ser filhos de Deus: "PORQUE TODOS SOIS FILHOS DE DEUS PELA FÉ EM CRISTO JESUS" (Gl 3.26). "Vós sois filhos do Deus vivo" (Os 1.10c).
Maria sempre foi temente a Deus; era justa aos olhos de Deus; creu em Jesus, nas suas palavras, na Sua morte e ressurreição. E, assim, ela foi constituída filha de Deus. Quando Jesus disse a Nicodemos que era necessário nascer de novo para ver o reino de Deus, Ele não excluiu sua mãe do processo (Jo 3.3). Também, a declaração de Jesus, a seguir, confirma que sua família - mãe, pai e irmãos - necessitava de submissão a Deus e obediência à Sua Palavra para ser salva:
- "Chegaram então seus irmãos e sua mãe e, estando de fora, mandaram-no chamar". "A multidão estava assentada ao redor dele, e lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora".
- Jesus lhes perguntou: - "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" Então, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: -"Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Portanto, "QUALQUER QUE FIZER A VONTADE DE DEUS, ESTE É MEU IRMÃO, IRMÃ E MÃE" (Mc 3.31-35). São palavras de Jesus a respeito de sua própria família.
A Bíblia diz que os que morreram em Cristo ressuscitarão, na Sua volta, num corpo celestial e incorruptível (1 Ts 4.16-17). Logo, de acordo com esta Palavra, a Santa Maria aguarda, como todos, esse dia glorioso. Como, nesse estágio, poderia ser mãe de Deus? Por outro lado, para ser mãe de Deus a Santa Maria, por óbvias razões, deveria possuir os mesmos atributos do Altíssimo, ou seja, ser onipresente, onisciente e onipotente. Sabemos
que estes atributos são exclusivos de Deus. São absolutos e incomunicáveis. Em resumo, para ser mãe de Deus ela teria que ser igual a Deus. E mais: se admitirmos a hipótese da existência de uma mãe para Deus, seria válido esquecermos a tese da Santíssima Trindade e, em seu lugar, ensinarmos a do Santíssimo Quarteto, assim compreendido: Deus Pai, Deus Mãe, Deus Filho e Deus Espírito Santo, o que seria um absurdo, além de se contrapor ao que ensina a Bíblia.
Deus é eterno, não teve começo, não foi gerado, e não terá fim. Deus não tem mãe, nem pai. Maria não pode ser mãe do seu Criador, do seu Salvador. Maria não pode ser mãe do seu próprio Pai. A criatura não pode ser mãe do Criador. A Santa Maria foi mãe de Jesus, homem, escolhida que foi por Deus para que em seu ventre o Verbo se fizesse carne. Mas o Verbo, o Deus Filho, este sempre existiu porque eterno. O Verbo não foi gerado por
Maria. Leia-se:
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vemos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1.1-3, 14). Esta é uma afirmação da eternidade de Jesus: Ele estava no princípio, esteve presente na Criação, estava com Deus, era Deus. Logo, um ser humano, finito e limitado (a Santa Maria) não poderia gerar um ser eterno, divino, infinito e ilimitado.
Outra afirmação e prova da eternidade de Jesus:
"PORQUE UM MENINO NOS NASCEU, UM FILHO SE NOS DEU; O PRINCIPADO ESTÁ SOB OS SEUS OMBROS, E O SEU NOME SERÁ: MARAVILHOSO, CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE, PRÍNCIPE DA PAZ" (Isaías 9.6).
Maria teria condições, como humilde serva do Senhor, de ser mãe do Deus Forte, do Pai da Eternidade, Aquele que sempre esteve com Deus, Aquele que é Deus? Vejamos as palavras de Maria:
"EU SOU A SERVA DO SENHOR. CUMPRA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA"(Lucas 1.38). Maria não desejava outra coisa senão ser serva de Deus. Jamais
passou por sua cabeça ser mãe do Altíssimo. Seria completamente impossível uma mulher ser mãe de Deus. Mais adiante ela declara, dando ênfase à sua condição de serva:
"A MINHA ALMA ENGRANDECE AO SENHOR, E O MEU ESPÍRITO SE ALEGRA EM DEUS MEU SALVADOR, POIS OLHOU PARA A HUMILDADE DA SUA SERVA. DESDE AGORA TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADA" (Lucas 1.46-48).
Vê-se que a Santa Maria não almejou nada mais nada menos do que colocar-se na posição de serva do Senhor. E assim ela fez por toda a sua vida.
A Ceia do Senhor e a Missa (I)
A "MISSA" substituiu o Culto Cristão no ano 394, e tornou-se sacramento a partir do ano 604, com S. Gregório. – A CEIA DO SENHOR, que era simples como se vê no quadro da "Última Ceia" de Leonardo da Vinci, foi celebrada dessa forma por doze séculos, mas no ano de 1200 a Igreja Católica substituiu o pão pela hóstia.
A Ceia Cristã sofreu nova agressão quando do Concílio de Roma, anos 1215-16, isolou as palavras figuradas de Cristo "Isto é meu corpo e isto é meu sangue", fizeram uma péssima exegese criando o dogma da Transubstanciação.
No ano 1414, o papa João XXIII, retirou o vinho da cerimônia e as Igrejas passaram a servir aos fiéis somente a hóstia. – O Catolicismo diz que esse papa foi "antipapa" mas acolhem essa sua decisão até hoje.
O CONCÍLIO DE TRENTO, ano 1551, deu o golpe final contra a Ceia do Senhor, definindo e aprovando o dogma da Transubstanciação! – A partir desse Concílio, qualquer sacerdote católico, com um passe, transforma o trigo, vinho e água em carne, ossos, sangue, nervos e cabelos de Cristo, tudo dentro de uma hóstia!
A palavra "eucaristia" significa ação de graças, até hoje os teólogos católicos desentendem entre si sobre a aplicação desse termo no "santíssimo sacramento"(Ver a Missa, pág. 14, do ex-padre Dr. Aníbal Reis).
O papa Pio IX gloriava-se com o dogma exclamando: "Não somos simples mortais, somos superiores à Maria, ela deu a luz só a um Cristo, mas nós podemos fazer quantos cristos quisermos!"(Gazeta da Alemanha nr. 21, 1870)
Até o século XII, nenhum cristão aceitava que a farinha se transformasse em Cristo, até que surgiu um papa autoritário e truculento que sancionou o dogma! Esse papa foi Inocêncio III, anos 1198-1216 – CONHEÇA SEU PERFIL:
Dizia que "O céu e a terra se submetem ao vigário de Cristo."
Condenou a "Carta Magna" e ordenou o massacre no ano 1208 dos Albigenses na França. – Organizou duas cruzadas guerreiras.
Instituiu o confessionário e introduziu a hóstia nas igrejas.
Proibiu a leitura da Bíblia.
Decretou a Inquisição, efetivada pelo para Gregório IX, milhares morreram.
Sancionou a Transubstanciação por decreto, uma temeridade!
A igreja resistiu ao dogma por 335 anos, mas foi vencida. Alguns decidiram por milhões e a inverdade prevaleceu.
A igreja exige respeito pelo dogma, pedem que não mastiguem a hóstia e o Missal Romano, pág. 58, prescreve que "Se um padre sentir-se mal durante a celebração da missa e vomitar a hóstia, deve engolir o que pôs para fora.
Quando a transubstanciação foi introduzida nas Igrejas Católicas houve discussões escolásticas! O professor Alexandre Halles ensinava que "Se um morcego engolir uma hóstia terá engolido o próprio Cristo!"- O bispo Boaventura achou repugnante, mas S. Tomaz deu razão para Alexandre. (Roma, a Igreja e o Anticristo, pág 280).
No Canadá, o jovem padre Daule descuidou de umas hóstias, horrorizado viu ratos devorando-as! – Correu em direção ao bispo exclamando: "Os ratos comeram nosso bom Deus!"(citado pelo padre CHINIQUI, sua biografia, pág. 334).
Ex-padre e Dr. Hipólito de Oliveira Campos, quando exercia o sacerdócio em Cuiabá, esqueceu hóstias que emboloraram criando larvas! – Resta perguntar, que tipo de cristo possui o Catolicismo Romano?
RUBANO MAURO, anos 788-857, Abade de Fulda, depois Arcebispo de Moguncia, considerava "Heresia grave supor que na eucaristia estava presente a carne nascida de Maria."(Epístola ad Heribaldum)
SANTO AGOSTINHO, bispo de Hipona, anos 354-430, gracejava jocosamente da transubstanciação, cuja idéia já existia no seu tempo. – Pregando nas Igrejas dizia: "Por que preparas os dentes e o estômago? Confiar em Cristo é comer o Pão da Vida, não se pode engolir Aquele que subiu vivo para o céu!" (Ver tratado sobre João nr. VXV e Sermões nr. 131, nr.1).
A "LA GRANDE ENCICLOPEDIE FRANÇAISE" comentando a eucaristia escreveu que "Os teólogos católicos imaginaram os povos mais feiticistas e os cultos mais idólatras! – Tomam a farinha cozida e o vinho e dizem: Eis nosso Deus, comei-o!"
Proibidos de raciocinar, os clérigos esqueceram de ler Santo Agostinho e a IGNORÂNCIA TORNOU-SE MOLÉSTIA GERAL!
Nosso Senhor usava parábolas e metáforas dizendo: "Quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; Eu Sou o pão que desceu do céu; minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue bebida.", etc.
Os discípulos perguntaram-lhe: "Por que falas por parábolas?" – No contexto Jesus explicou: "As palavras que Eu vos digo são espírito e vida!"(João 6:63)
Com esses esclarecimentos do Mestre não é difícil entender que o pão e o vinho na Ceia do Senhor APENAS RECORDAM o corpo e o sangue dele, mas não há "Presença real" como quer a Igreja Católica Romana.
Foi tomando essas palavras ao pé da letra e tropeçando em metáforas que o Catolicismo transformou a simples hóstia em coisa complicada!
papa Gelásio I, ano 492-6, ensinava que "A natureza dos elementos da Ceia não deixavam de existir depois da benção".
Papa Gelásio II, anos 1118-19, não aceitava a transubstanciação dizendo: "Na eucaristia a natureza do pão e do vinho não cessam de existir e ordenava as igrejas que servissem aos fiéis o vinho e não somente o pão."
Papa romano S. Clemente pensava igual, expressou-se assim: "O pão e o vinho na Ceia são símbolos. Não se transformam em coisa alguma!
Albertinus cita Pio II como discordante também.
Como também não é possível acarear os papas, os católicos deveriam estudar o espírito das palavras de Cristo quando se referiu à Ceia (Fontes de referência: Da Duabos in Cristo adv. Eutychem et Nestorium, São TOMAZ Sum Theo., Vol. 7, pág.134, e, Clemente Livro VII, cáp. V, pág.23)
Albertinus cita ainda quatro Cardiais de então: Bonaventura, Alícuo, Cujan e Cajetano, dois Arcebispos, cino Bispos e 19 doutores da igreja que interpretavam o Evangelho de João, cáp. 6:53-63, no sentido espiritual e simbólico.
S. Cirilo de Jerusalém e S. Gregório de Nissa fizeram referências à "união mística" na eucaristia, mas nada falaram sobre "presença real" (Sacra Coena Adv.Lanfrancum e Cath XXI, 13 respectivamente).
A doutrina da transformação dos elementos na Eucaristia, apresenta sérios problemas para o raciocínio! Se Cristo disse para celebrar a Ceia "Até que Eu venha" não pode estar presente! – Se vem não está!
Ele foi o primeiro a servir-se da Ceia. Teria Cristo engolido a Si mesmo?
Concílio de Trento complicou ainda mais o assunto prescrevendo que "Se uma hóstia for partida em muitos pedaços, Cristo estará presente em cada fração; se uma parte cair no altar, o lugar deverá ser lambido com a língua!"(Concílio de Trento, Seção XIII, cáp. 3, D.876)
Verifica-se que esse dogma não resiste a nenhuma análise: seu mais "perigoso adversário não são os teólogos protestantes, mas sim os cientistas como Einstein, Oppenhelmer e outros corifeus da ciência atômica!..."
A CELEBRAÇÃO DA MISSA é mais uma encenação do que um Culto cristão. – Veja como Marinho Cochem descreve a cerimônia na "Explicação da Missa", pag.40)
O sacerdote durante uma só missa benze-se 16 vezes, volta-se para o povo outras 16 vezes; beija o altar 8 vezes, levanta os olhos 11 vezes, 10 vezes bate no peito e ajoelha-se 10 vezes e junta a mão 54 vezes! Faz 21 inclinações com a cabeça e 7 com os ombros, inclina-se 8 vezes e beija a oferta 36 vezes; põe as mãos sobre o peito 11 vezes e 8 vezes olha para o céu. Faz 11 orações em voz baixa e 13 em voz alta, descobre o cálice e o cobre de novo 5 vezes e muda de lugar 20 vezes!
Talvez foi por isso que Jesus disse: "Vinde a Mim e Eu vos darei descanso!" A transubstanciação romanista é pura ilusão e não pode ser aceita por nenhuma inteligência esclarecida e alimentada pela leitura das Sagradas Escrituras.
Petros, Petha, Kephas e as chaves do céu
NA SUPOSIÇÃO de que Cristo edificou Sua Igreja sobre Pedro, os Papas trataram de estabelecer uma linha de sucessão com esse apóstolo.
Para isso embaralharam as palavrinhas gregas "petros e petras" encontradas em Mateus 16:18, fizeram uma exegese tendenciosa e confundiram a cristandade, uma vez que "petros" quer dizer seixo ou pedrinha e "petra" significa rocha, que no texto e nos contextos é Cristo sobre quem a Igreja foi edificada. Equivocaram-se com essa "sucessão", pois Cristo é a base da igreja.
O Novo Testamento foi escrito em grego. – Jesus disse ao apóstolo: "Tu és PETROS e sobre esta PEDRA edificarei minha Igreja."
Santo Agostinho, bispo de Hipona, também afirmava que a Pedra em Mateus 16:18 é Cristo. "Nenhum autor grego jamais empregou a palavra petros no sentido de petra", e Pedro era conhecido como Simão Petros e não Simão Petra! (H. Lidell. Greg. English. Lexicon in loco).
Jesus falava o ARAMAICO, língua popular e certamente o grego usado nas grandes cidades, por essa razão o Catolicismo quando se vê em dificuldades "escapa" dizendo que Mateus 16:18 foi proferido em aramaico! Mas esse salto não os favorece.
Imaginemos que o Mestre, no hipotético texto em aramaico tivesse dito: "Tu és KEPHAS e sobre esta KEPHAS edificarei minha igreja", então teríamos problemas em João 1:42 onde a primeira expressão KEPHAS significa Pedro e não petra!
Torna-se difícil, como quer a Igreja, colocar Pedro na cadeira de Cristo.
Se houvesse realmente dúvidas, que exigisse definição sobre em quem a Igreja foi edificada, todos os cristãos escolheriam o nome de Cristo! É mais coerente, mais razoável e mais seguro: Pedro não comportaria tanta magnititude.
Paulo escreveu à igreja de Corinto que Cristo é o alicerce da Igreja, e advertiu que "NINGUÉM PODE LANÇAR OUTRO FUNDAMENTO" (I Cor 3:11)
Fundamento se coloca uma vez só, se Pedro fosse o alicerce da Igreja, como explicar a sucessão, pois não se põe fundamento em cima de fundamento!
Esse apóstolo corrige o Catolicismo em sua carta, indicando Cristo como a pedra principal "eleita e preciosa" sobre quem a igreja foi edificada. (I Pe 2:4-9).Consta que Pedro foi pastor das ovelhas e não pastor de pastores!
Se a Igreja Católica deseja encontrar o Sucessor de Cristo, basta folhear o Novo Testamento no Evangelho de João onde diz: - Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, o Espírito Santo, que ficará convosco para todo sempre!
Qualquer outro "sucessor" é suspeito.
A Igreja Católica Romana, através de Mateus 16.16-19 teve uma interpretação considerada errônea até pela própria Bíblia:
16 Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
19 dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.
A Igreja Católica teve o seguinte raciocínio, infundado: Pedro é o fundamento da Igreja, rocha, sobre a qual foi edificada esta Igreja; Pedro foi o primeiro bispo de Roma; Jesus conferiu a Pedro autoridade até os dias atuais, através de bispos e papas - vigários de Cristo na Terra.
Dizer que Pedro é o fundamento da Igreja é o mesmo que dizer que Simonton é o fundamento da Igreja Presbiteriana do Brasil, ou que o falecido Rev. Milton é o fundamento da Igreja Presbiteriana do Parque Erasmo Assunção, quando sabemos que o fundamento da Igreja invisível é Cristo, pois:
"edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina" (Efésios 2.20)
E que Cristo deve ser o fundamento de toda Igreja Visível. São inúmeros os versículos que provam ser Jesus o fundamento da Igreja. (Atos 4.11; Marcos 12.10 e 11; Romanos 2.20; Romanos 2.20; I Coríntios 10.4; I Pedro 2.4).
A vida de Pedro:
era pobre (Atos 3.6)
era casado (Mateus 8.14,15)
era humilde e não aceitava adorações (Atos 10.25, 26)
era repreensível (Gálatas 2.11-14)
Porém os fatos, através da história, provam o contrário, pois o papa: administra grandes fortunas e gozam de mordomias; são celibatários, isto é, não se casam; aceitam adoração dos homens; consideram-se infalíveis em suas decisões. Assim, fica claro que se Pedro foi o primeiro papa, era um papa muito diferente dos que o sucederam. É louvável o trabalho do papa em prol da paz e da valorização da família, porém, é abominável a posição que ocupa de manda-chuva da Igreja Católica. Isso, sem mencionar o montante de heresias que a Igreja Católica pregou e ainda prega sob a direção do papa.
A Igreja sempre tropeçou nas palavras figuradas do Novo Testamento! Desta vez tomou ao pé da letra e gravou duas grandes chaves no Escudo do Vaticano!
Qualquer estudante da Bíblia deduz que as chaves que Cristo deu a Pedro, aos demais apóstolos e a Igreja é a MENSAGEM DOS EVANGELHOS que abre as portas da graça de Deus concedendo Salvação aos que crêem.
Jesus dizia: Eu sou a Porta! – As chaves por Ele referidas são símbolos da capacidade de abrir e explicar as verdades do Evangelho. Pedro usou essas chaves pregando primeiro aos judeus e depois aos gentios (Atos 2 e 15:7-14) – A igreja e os demais apóstolos receberam igualmente essa chave que é a MENSAGEM! – (I João 20:23, Mat. 18:16-18)
Se a Igreja Católica supõe uma chave material pode esquecê-la porque "As portas do céu não se fecham nem de dia, nem de noite!"(Isaías 60:11)
Se em alguma circunstância for necessário movimentar essas portas as chaves estão com Cristo que Abre e ninguém fecha e ninguém abre" (Apoc. 3:7)
Como a maioria dos Católicos não leva a sério os dogmas da Igreja, fazem chacota de tudo! Apresentam Pedro com duas grandes chaves, é o porteiro do Céu, e controla as chuvas... Santo Antonio ajuda a conseguir noivados e casamentos enquanto Santo Onofre é reverenciado pelos alcoólatras e assim por diante...
Várias são as razões para vermos as diversas doutrinas católicas como heréticas. Basta analisarmos todos os ensinos citados a luz da bíblia e vermos todas as distorções.
2) Resuma o capítulo 2- O Espiritismo (págs 37-64) e após o resumo, dê a sua opinião sobre o assunto.
O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de ser o maior reduto espiritista do mundo. O seu crescimento se dá, em grande parte devido ao fascínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes das pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento, e alienadas de Deus. Alheio a Palavra de Deus, e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constituído numa espécie de "profundezas de Satanás", pronto a tragar pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os meios.
1. Origem e Desenvolvimento do Espiritismo:
A Palavra "Espiritismo" tem sua origem no vocábulo francês "espiritisme". Uma adaptação do termo grego "Pneuma" (espírito). Sua origem faz parte da tradição de vários povos, como os egípcios, caldeus, assírios, [a Babilônia] hindus, etc. O espiritismo que hoje se expande no Brasil e no mundo nada mais é do que a continuação da necromancia e do ocultismo praticados pelos povos antigos. Sua forma moderna ,como hoje é conhecido, se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydevile, Estado de Nova Iorque
a) O Papa do Espiritismo.
A figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Ravail ( o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lion, em 1804, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser ele a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois publicou O Livro dos Espíritos que muito contribuiu na propaganda espiritista.
b) Desenvolvimento no Brasil:
As manifestações de cunho espírita no Brasil são muito antigas. Ainda que não fossem conhecidas por esse nome, os índios praticavam diversos rituais de pajelança. Depois vieram os portugueses, com sua fachada cristã, mas envolvidos com a bruxaria européia. Finalmente chegaram os escravos africanos com suas tradições que continuan em estado crescente em nosso país. É muito comum encontrar católicos que praticam o espiritismo. Nominalmente são católicos, mas paralelamente são espíritas.
c) As Ramificações do Espiritismo:
As muitas e diferentes formas do espiritismo que se vêem atualmente resultam de sua adaptabilidade ao meio ambiente religioso e cultural do povo onde se encontra. Certamente faz parte das estratégias satânicas, mudar apenas o nome, mas a doutrina ou a operação continua a mesma. Podemos citar muitas nomenclaturas do espiritismo tais como: Espiritismo comum, Baixo Espiritismo, Espiritismo Científico; Espiritismo Kardecista, Espiritualismo, Quiromancia; Cartomancia; Grafologia; Hidromancia; Astrologia; Voduismo; Candomblé; Umbanda; Quimbanda; Macumba e algumas Sociedades que se dizem filosóficas, teológicas, científicas e beneficentes etc. A lista destas ramificações no Brasil é muito longa.

2. Manifestações da Espiritismo:
Temos na Bíblia a proibição de várias formas de espiritismo. Como já enfocamos, as nações dos tempos bíblicos eram dadas a essas práticas, inclusive com sacrifícios humanos. Entre eles o sacrifício de crianças, que lamentavelmente até o povo de Deus havia entrado por esse desvio.
a) Adivinhação e prognosticação:
Adivinhação, ou prognosticação, consiste em predizer eventos futuros ou descobrir coisas secretas por meio de comunicação direta, ou ser por sinais ou agouros. A curiosidade humana leva muitos a consultar sobre sua sorte, porém recordemos que a Bíblia condena severamente a adivinhação e prognosticação. Deus as proíbe e as classifica entre as abominações pagãs: (Lv 19.26,31;22.23,26,27). O castigo [para os seus praticantes] era a morte. Adendo: Outros meios modernos de adivinhar são: jogar cartas de baralho e ver como caem; "ler" as folhas de chá no fundo da xícara; o uso da tábua de Ouija; ler a sorte na palma da mão do cliente (isto se chama quiromancia). A astrologia, embora não esteja ligada diretamente ao espiritismo, representa outra forma de adivinhação.
b) A Ventriloquia:
A ventriloquia, segundo o dicionário, é a arte de modificar a voz de maneira que pareça vir de longe e de imitar a de outras pessoas ou diversos sons. Esta arte, praticada legitimamente no mundo do entretenimento, tem servido também a alguns charlatões ou farsantes no espiritismo para explorar sua clientela. Os demônios são espíritos enganadores. Antigamente falavam mentiras através dos falsos profetas. Continuam esta atividade hoje em dia, e isto é um dos sinais proféticos que se caracterizam os últimos dias. ! Rs 22.12, 19-23; 1 Tm 4.1. Deus permite que os espíritos mentirosos enganem aos que não querem receber a verdade ( 2 Ts 2.9-12). Adverte ao seu povo que não creia em todos os espíritos ( 1 Jo 4.1-3).
c) A Magia .
A magia se define como a arte que ensina fazer coisas admiráveis. O dicionário faz diferença entre magia branca e magia negra. Chama de branca aquela que faz uso de meios naturais e negra a que se pratica por intermédio de um pacto com o diabo. Quer dizer, a magia branca vem a ser as artimanhas dos prestidigitadores e coisas desse estilo para entreter o público, enquanto a negra é a nigromancia. A magia era praticada nas religiões pagãs nos tempos bíblicos. Recordemos como os magos de Faraó imitaram os milagres de Moisés ( Ex 7.11). Houve magos nos tempos de José (Gn 41,18), veja também Dn 4.7; At 8.9-24; 13.6-12.
3. O Espiritismo e sua natureza doutrinária:
As doutrinas dos vários grupos são tão diferentes que é impossível definir a todas. No "baixo espiritismo" da magia negra fazem pacto com o diabo e proferem obscenidades e blasfêmias contra Deus. Consideramos aqui somente as doutrinas dos grupos mais "refinados" e em particular a "Declaração de Princípios" adotada pela Associação Nacional de Igrejas Espíritas.
a) Sobre a Bíblia:
Não reconhecem a Bíblia como autoridade de fé ou doutrina. Baseiam sua doutrina nas "revelações". Na obra O ABC do Espiritismo, citam a pergunta: "Não se baseia a Bíblia no Espiritismo?" e respondem: "Não! O espiritismo não depende de nenhuma revelação anterior para suas credenciais e provas." Para os cristãos é pura balfêmia o fato de colocar as revelações contraditórias do espiritismo no mesmo nível da infalível Palavra de Deus. Temos evidências sobejas para depender somente da Revelação Bíblica na própria Bíblia. (2 Pe 1.19-21; 1 Tm 4.1,2; 2 Ts 2.3,4; Jd v.3,4; 2 Tm 3.5 etc.).
b) Doutrina sobre Deus:
O Manual Espírita declara: "Cremos na inteligência infinita.... Por isso expressamos nossa crença em um Poder Supremo, impessoal, presente em todo lugar, manifestando-se como vida através de todas as formas organizadas da matéria, chamado por alguns, Deus, por outros, espírito, e pelos espíritas, Inteligência Infinita". Nós, os evangélicos, cremos que Deus é um ser pessoal que possui inteligência infinita, e que tem interesse por cada um de nós. ( Jo 3.16). Ele nos ama. A Bíblia inteira o prova!. Russel Spittler disse: "Os espíritas substituem o próprio Deus por um de seus atributos. Fazem caso omisso a todos os outros atributos..." .
c) Doutrina de Jesus Cristo:
Os espíritas crêem que Jesus foi o melhor mestre, exemplo e médium que o mundo jamais conheceu. Crêem na divindade de Cristo no mesmo sentido em que crêem na divindade de todo ser humano. Não os reconhecem como divino em sentido único. Rejeitam a doutrina da Trindade. Crêem que Jesus foi um dos vários salvadores vindos ao mundo.... Nós, cristãos, cremos que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens ( 1 Tm 2.5; At 4.12; Jo 14.6). O unigênito filho de Deus, eterno e coexistente com o Pai. A maioria de seus milagres eram feitos em plena luz do dia, ao ar livre, e não por invocar um "controle".

4. Outros erros doutrinários:
Geralmente as seitas justificam seus erros doutrinários com outras fontes além da Bíblia. Essas fontes são tidas como referênciais doutrinários acima da Bíblia que normalmente são os escritos de seus líderes. A Palavra de Deus é muito pesada para eles; exige renúncia do pecado, de si mesmo e muita humildade. Dessa maneira usam também a Bíblia para dizer aquilo que a Bíblia não diz. São Mestres na falsificação ( 1 Tm 4.1).
a) A doutrina do Espírito Santo:
Alguns grupos de espíritas falam muito no Espírito Santo. Dizem que ele os inspira e que opera através deles. Adaptam sua maneira de falar à terminologia bíblica, porém não crêem na Trindade. Dizem que tal crença é absurda. O Espírito Santo é somente outro nome para a Inteligência Infinita, o princípio divino que habita todos o universo. Segundo as Escrituras, o Espírito Santo é Deus. Cristo falava do Espírito Santo como uma pessoa co-igual ao Pai e enviado por ele. O Espírito Santo intercede por nós (Rm 8.26,27), nos instrui, é nosso consolador, e se entristece. Enfim, mostra muitos atributos de uma pessoa que um princípio impessoal não possui ( Jo 14.16,26; 16.7,8,13-15; Ef 4.30).
b) Doutrina do pecado e da expiação:
A. J. Davis, o "João Batista do Espiritismo", combate vigorosamente a idéia da expiação e diz que é de tendência imoral. A. Conan Doyle dia que nunca houve evidência da queda do homem. Todavia reconhecem a existência do mal e crêem que existe uma espécie de purgatório para os espíritos das trevas. Este consiste nas duas esferas espirituais mais baixas das sete que rodeiam nossa terra. Os textos já citados em parágrafos anteriores, mostram base escriturísticas para a doutrina da expiação. (1 Co 15.21,22; Rm 5.12).
c) Doutrina da salvação:
Defendem que é por meio das obras através dos anos que as almas podem ir progredindo das regiões escuras para as esferas de luz. Com o tempo todas chegam às esferas superiores. Não existe nem o inferno que é descrito na Bíblia, nem o céu dos cristãos. O Homem é salvo por meio de suas obras. Para sustentar essa falsa doutrina defendem a reencarnação, torcendo textos bíblicos como Jo 3.3 e defendem que João Batista é a reencarnação do Profeta Elias. A Bíblia ensina que nossa salvação não é pelas obras para que ninguém se glorie, mas é tudo pela graça de Deus ( Ef 2.8,9; Rm 6.23; Jo 3.16; 2 Co 5.21; Tt 3.5).

O aumento do espiritismo e da atividade demoníaca que se observa hoje em dia é um dos sinais dos últimos tempos. Para combater esse crescente satanismo, a Igreja deve se posicionar, renovando sua disposição para o estudo sistemático da Palavra de Deus, incentivando as crianças jovens e adultos, enfim toda a Igreja a se comprometer com a Escola Dominical e estudos doutrinários. Esse conhecimento que vem através do estudo da Palavra é a melhor arma para se refutar uma doutrina falsa, principalmente o espiritismo com todas as suas ramificações. O Espírito Santo lhe capacitará para isso.
3) Lendo o capítulo 3- O Adventismo do 7º dia ( Págs. 65-76) fale sobre o pensamento de Guilherme(William) Miller sobre: a segunda vinda de Cristo, guardar o sábado e as doutrinas do adventismo.
Não podemos pensar na origem dos "sabatistas" sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é muito antiga. Continua em tempos modernos no vigoroso programa dos adventistas do Sétimo Dia. O sabatismo não é uma seita como, muita gente pensa: "uma denominação igual às outras, com a única diferença de guardar o Sábado". É uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere as doutrinas cristãs ou interpretações de profecias.

Origem do Adventismo:
a) Síntese Histórica:
No princípio do século dezenove houve um despertamento de interesse pela Segunda vinda de Cristo entre os cristãos. Guilherme Miller, pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8.14 se referia à vinda de Cristo para "purificar o santuário". Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida a carta de regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém e 457 a.C., e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843, Isto foi em 1818.
b) O fracasso de Miller:
Por um quarto de século, Miller proclamou a mensagem para classes especiais a cristãos de diferentes Igrejas. O interesse dos crentes em relação à mensagem era crescente e o número deles ia de cinqüenta a cem mil pessoas preparando-se para o fim do mundo. Muito crentes doaram suas lavouras, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março de l843. Chegou o dia e o evento esperado não aconteceu.. Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano. Devia ser no dia 21 de março de l844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria o dia 22 de outubro de mesmo ano. Porém essa previsão também falou.
c) O Arrependimento de Miller:
Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honradez, confessou simplesmente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. É preciso certa grandeza de alma, ou graça do Senhor para reconhecer abertamente seu próprio erro. Miller a teve e não mais tratou de defender a interpretação que havia proclamado por um quarto de século. Porém nem todos os seus discípulos estavam dispostos a abandonar a sua mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova Igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem professada por Miller.

O desenvolvimento da seita
O dia depois "da grande desilusão", Hiram Edson um fervoroso discípulo e amigo pessoal de Miller, teve uma "revelação". Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Disse que Cristo havia entrado no dia anterior no santuário celestial, não no terrenal, para fazer uma obra de purificação ali. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as "boas-novas". Outros dois grupos se uniram a essa nova revelação: um dirigido por Joseph Bates que dava ênfase a guarda do Sábado e outro dirigido por Hellen G. White, que dava ênfase aos dons do Espírito.
a) As revelações de Helen White:
As revelações de Helen White tiveram muito que com a formação das doutrinas dos adventistas, e seus escritos prolíficos contribuíram grandemente para a expansão da Igreja. Ela e seu esposo disseminaram amplamente seus ensinos proféticos e doutrinários por meio de revistas e livros. Embora a Igreja adventista afirme que a Bíblia é sua autoridade doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White em sua interpretação das Escrituras e em seus conselhos, conforme se encontram em seus livros.
b) Obras da Sra White:
Como já dissemos, os livros da Sra. White são considerados "inspirados" por Deus e no mesmo nível da Bíblia, que citam apenas para comprovar o que ensinam, buscando versículos ou passagens isoladas. O livro "o grande conflito" é considerado a obra prima da Sra. White e recomendam-no largamente. Tal livro já foi editado em mais de 30 línguas com uma vendagem superior a dois milhões de exemplares. Entre outras obras, as mais importantes são: Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O desejado de Todas as Nações.
c) Os nomes da Seita:
Os adventistas do sétimo dia já usaram através dos tempos os seguintes títulos: Igreja Cristã Adventista (1855); Adventistas do Sétimo dia (1860); União da Vida e Advento (1864);Igreja de Deus Adventista (1866); Igrejas de Deus Jesus Cristo Adventistas (1921); Igreja Adventista Reformada; Igreja Adventista da Promessa; Igreja Adventista do sétimo dia ( Atual). Existem outros grupos como Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do pacto, etc, porém o mais importante é a Igreja Adventista do Sétimo dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo.

As Doutrinas do Adventismo
Os sabatistas misturam algumas verdades com seus abundantes erros, daí poder enganar aos que com sinceridade se lançam em busca da verdade. Normalmente, citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente do caminho real. Convém que os membros das Igrejas evangélicas conheçam essas doutrinas e saibam como refutá-las, tendo em vista que eles também se dedicam ao proselitismo entre as Igrejas Evangélicas. Veja Mt 23.15
a) A expiação incompleta:
Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844, e agora está cumprindo a obra de expiação. Esta doutrina a expiação incompleta e contínua é uma tergiversação das Escrituras num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. Não duvidamos da sinceridade dos que creram haver achado uma solução para o problema nessa "revelação" de Edson, porém ela não concorda com as Escrituras. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de l844. (Hb 6.19,20;8.1,2; 9.11,12, 23-26; 10.1-14).
b) Nossos pecados lançados sobre Satanás?
Os adventistas ensinam que o bode emissário (ou bode para azazel) de Levíticos 16.22,26 simboliza Satanás. Todas as nossas iniqüidades serão carregadas pelo diabo. Segundo eles durante o milênio, Satanás, levará sobre si a culpa dos pecados que fez o povo de Deus cometer, e será confinado e esta terra desolada e sem habitantes. Parece fantástico que alguém que se diz evangélico aceite doutrina tão contrária ao evangelho. Será que não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto faria o diabo nosso co-salvador com Cristo, a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados. Veja Jo 1.29; Is 53.6; Hb 10.18; J0 19.30; 2 Co 5.21; Rm 8.32.
c) O Sono da Alma:
Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este "sono da alma" é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência" . Baseiam esta crença principalmente em Eclesiastes 9.5, que diz: "Os mortos não sabem coisa nenhuma". O contexto demonstra que o autor deste versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Leia os versículos 4 a 10 desse capítulo. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que ao deixar o corpo estaria com o Senhor, cf. Fp 1.23,24 2 Co 5.1-8). Veja também Lc16.19-31; Lc 23.43. No monte da transfiguração, Moisés não estava "silencioso, inativo e totalmente inconsciente" enquanto falava com Cristo, cf. Mt 17.1-6. Veja ainda Ap 6.9-11. Etc.

Outras crenças errôneas
Normalmente, as crenças de uma seita ou religião baseiam-se em motivos muito fortes relacionados a experiências de seus fundadores, ou livros escritos e interpretados por eles. Nesse caso, os escritos dos fundadores tornam-se regra de fé e prática. No adventismo, como em outras seitas, temos verificado que os escritos de seus fundadores continuam sendo seus sustentáculos doutrinários, independentes da Bíblia.
a) A aniquilação de Satanás e dos maus:
Os adventistas ensinam que Satanás seus demônios, e todos os maus serão aniquilados, completamente destruídos. A Senhora White diz que a teoria do castigo eterno é "uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia". Jesus Cristo usou a mesma palavra para referir-se à duração das bênçãos dos salvos e os tormentos dos perdidos em Mt 25.46: Eterno. Além disso, ele não disse aniquilação eterna, mas castigo eterno. Veja Também Mc 9.43,44. Em Ap 14.10,11, vemos que os adoradores do Anticristo serão atormentados "e o fumo de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos". Isto não parece com aniquilação. Confira ainda: Ap 19.20; 20.2,7,10,15 etc.
b) A observância obrigatória do Sábado:
Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o Sábado como o dia de repouso, e não o Domingo. Crêem que os que guardam o Domingo aceitarão a "marca da besta". A senhora White ensina que a observância do Sábado é o selo de Deus. O selo do Anticristo será o oposto a isto, ou seja, a observância do Domingo. Vemos, pois, que o Sábado é uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ez 20.10-13). O próprio Moisés explicou que era uma memorial de sua libertação da terra do Egito. Ao repousar de seu trabalho semanal, deviam recordar como Deus lhes havia dado o repouso da dura servidão do Egito ( Dt 5.12-15).
c) O Sábado foi abolido:
A palavra profética previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do Sábado (Os 2.11), que se cumpriu em Jesus(Cl 2.14-17). Por essa razão, o Sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20,29. O texto de Colossenses 2.16,17 deita por terra todas as teses dos adventistas. Paulo parece que está escrevendo aos adventistas quando escreve aos Gálatas e trata de livrá-los dos enganos dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei. O livro inteiro ressalta que a salvação não é pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo. Faz menção da observância de certos dias como uma parte da escravidão da lei (Gl 4.3-11)./ Cristo é o fim da lei ( Rm 6.14; 10.4).

O discutir com os adventistas não dá nenhum bom resultado. Estão bastante preparados para discutir e convidam a discussão. Recorde-se que as discussões somente fazem que a pessoa resolva defender melhor a sua própria doutrina. É quase certo que o adventista citará Ap 14.12 e 1 Jo 2.4, para provar que devemos guardar o Sábado. Para isto devemos mostrar-lhes quais são os andamentos de Deus no Novo Testamento. Que ele mesmo leia 1 Jo 3.23; Jo 6.29; Rm 4.5; Gl 2.16; Jo 13.34,35; 5.10 e Rm 13.8-10; Ap 22.14. Procure fortalecer sua fé na obra perfeita de Cristo e guiá-los a um repouso perfeito nele, fazendo-os ver que agora a pessoa pode ter a certeza da salvação.

4) Leia o capítulo 4- As Testemunhas de Jeová ( Págs. 77-100) e responda:

a- Quem foi Charles Taze Russel.
No final do século 19, um homem chamado Charles Taze Russel iniciou a Sociedade Torre de Vigia cometendo vários escândalos, se divorciando da sua esposa que até colocou-o na justiça. Apesar dessas tristes seqüências de escândalos, maus testemunhos e ensinos claramente anti-bíblicos, muitos ingênuos deram crédito a essas pessoas. Isso se refletiu nos ensinos dos Testemunhas de Jeová:

Os crentes genuínos, entretanto, crêem que as Sagradas Escrituras são o Velho e o Novo Testamento, a Palavra de Deus verbalmente inspirada, a autoridade final para a nossa fé e vida, sem erros, infalível e inspirada por Deus ( 2Tim. 3:16, 17; 2Pe. 1:20,21 Mat. 5:18)

NENHUMA OUTRA FONTE tem a autoridade da Palavra de Deus, pois a Sua revelação já cessou COMPLETAMENTE. Em Judas 1:3 lemos que a fé foi dada aos santos. Isso significa que a inspiração já foi dada DE UMA VEZ POR TODAS, e não há mais NADA a ser adicionado! Quando esses falsos profetas iniciaram os seus "ministérios" com novas revelações, estavam, na verdade, caindo na desgraça predita em Gál 1:8: Seja ANÁTEMA!
b- O que é apresentado na Doutrina da Trindade ?

Um dos pontos da doutrina cristã mais atacado, é o referente à doutrina da Trindade. A maioria das seitas, como Mórmons, Espiritismo, Testemunhas de Jeová, entre outras, ou distorce, ou nega tal doutrina. Porém negar a Trindade e dizer que Jesus é uma criatura, não é uma heresia nova, pois tal idéia foi defendida por Ário (256-336 d.C.), já no terceiro século de nossa era. Irei tecer alguns comentários sobre a doutrina, sem contudo fazer um grande aprofundamento teológico da mesma, mas farei uso de argumentos baseados nas Escrituras, que sejam suficientes tanto para entender a doutrina, tanto para derrubar os argumentos infundados da Sociedade Torre de Vigia (STV).

A STV afirma que como a doutrina da Trindade não pode ser entendida, não deve ser aceita, pois Deus não é Deus de confusão (I Co 14:33). Antes de explicar a doutrina, farei uma citação de um trecho de uma publicação da STV:

"Sal. 90:2: "Antes de nascerem os próprios montes ou de teres passado a produzir como que com dores de parto a terra e o solo produtivo, sim, de tempo indefinido a tempo indefinido, tu és Deus."

Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é uma razão sólida para o rejeitar. " Raiciocínio à Base das Escrituras, p. 123

Partindo da citação acima, e comparando-a com o argumento da STV de que a doutrina da Trindade não deve ser aceita por estar além da razão, a STV terá duas alternativas: negar a eternidade de Deus, ou aceitar a Trindade.

Quanto à doutrina da Trindade não poder ser entendida, e ser confusa, eu discordo. A doutrina da Trindade só não é entendida pelos não crentes, pelos novos na fé, ou pelos que não se dão o tempo de estudá-la. Apesar da doutrina poder ser entendida, não podemos porém esgotar o assunto, pois agora conhecemos em parte (I Co 13:12), mas podemos sim verificar nas Escrituras argumentos suficientes para que tenhamos uma idéia clara e definida.

As principais dúvidas ocorrem por que não se sabe diferenciar Trindade e Triunidade. Este geralmente é o ponto no qual a STV faz confusão. Trindade não é triteísmo. A STV, para dizer que a doutrina da Trindade tem origem pagâ, apresenta várias tríades de deuses. Mas em todos os exemplos citados, são apenas três deuses, geralmente de religiões politeístas, e não uma trindade. Deus não tem três substâncias, mas sim uma só. Deus é Triúno em Sua forma de existir. Diz-se que o Filho é uma pessoa, o Espírito outra, e o Pai outra, mas a palávra pessoa denota individualidade substancial e moral. Por este motivo, é um pouco "perigoso" usar a palavra pessoa para descrever a Trindade. Não há distinção moral, ideal ou substancial na Divindade. Há distinção de ministério. Uma "Pessoa" da Divindade, nunca discorda da outra, pois há unidade. Não devemos confundir as pessoas(Jesus não é o Pai, o Pai não é o Espírito Santo, e o Espírito Santo não é Jesus), mas não devemos dividir as substâncias. Pode parecer um pouco confuso, mas não é. As dúvidas serão dirimidas com o decorrer do estudo, verificando-se o que foi exposto acima, nas Escrituras Sagradas.

Mas vamos ao que interessa: a doutrina da Trindade. Partirei de argumentos que defendem e que negam a Trindade, e farei a exposição de contra-argumentos, mostrando qual a verdade diante das Escrituras. A STV afirma que a cristandade(como chamam os cristãos que não fazem parte da seita), por defender a Trindade, é politeísta. Isso ocorre devido ao fato da STV não entender e não estudar a doutrina. Eu afirmo que a STV que é politeísta, pois ela afirma que Jesus é um deus, que o diabo é um deus, e que homens podem ser deuses. É verdade que as Escrituras chamam o diabo (deus deste século), e algumas vezes homens de deuses. Mas tais não são deuses por natureza, mas o são por que alguém (ou eles próprioso) os consideram como tal."Outrora, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.

A Bíblia afirma claramente que há um só Deus:

"um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos."
Efésios 4:5-6

" Vós sois as minhas testemunhas, do Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais e entendais que eu sou o mesmo; antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá."
Isaías 43:10

"Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus."
Isaías 44:6

Existe somente um Deus! É isso que a Bíblia afirma. Como as testemunhas de Jeová afirmam que Jesus é um deus menor que Jeová? É por que a crença da seita contradiz a Bíblia. As TJ consideram somente ao Pai como Jeová, mas Jeová é Triúno! Se não fosse assim, a Bíblia estaria se contradizendo, pois se há somente um Deus, como pode Jesus ser Deus, se ele não é Jeová? As Escrituras deixam bem clara a Deidade de Jesus, o que comprova a Trindade:

"de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém." - Romanos 9:5

"Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino." - Hebreus 1:8

"aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus," - Tito 2:13

Podemos verificar claramente nos versículos acima, que Jesus é Deus. Isto confirma a doutrina da Trindade, pois como há somente um Deus, e Jesus é Deus, logo Deus Pai e Deus Filho fazem parte de uma Trindade. A STV geralmente anda em círculos, pulando de versículo em versículo (fora de contexto) para contradizer a Trindade. Mas se quisermos refutar a doutrina da Trindade deveremos refutar também a Bíblia. Jesus é Deus (Jo 20:28), o Pai é Deus (Sl 90:2); homens não são deuses (Ez 28:2; Ez 28:9).

Um argumento da STV, para negar que Jesus é Deus, é I Co 8:6:

"todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também."

A STV usa este versículo para afirmar que somente o Pai é Deus. Mas como todos os argumentos da STV são inconsistente, este não poderia fugir à regra. Se nós usarmos este versículo para dizer que somente o Pai é Deus, deveremos também afirmar que somente o Filho é Senhor, e isto contraria a Escritura (Mt 11:25)

c- Qual o pensamento dos Testemunhas de Jeová sobre Jesus Cristo?
Os testemunhas de Jeová ensinam que Jesus Cristo não é Deus. Essa é a mais perversa heresia cometida pelos Testemunhas de Jeová! O que caracteriza um crente é justamente a crença em Jesus Cristo como Deus. A Bíblia é muito clara sobre a divindade do Salvador!

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1 ACF)
"E o verbo se fez carne, e habitou entre nós..." (João 1:14 ACF).
"E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo..." (Ef. 3:9 ACF)

"E sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne..." (1Tim. 3:16 ACF)

"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num...." (1João 5:7-8 ACF)

O ensino que nega a divindade de Jesus Cristo é o GNOSTICISMO, heresia rejeitada categoricamente pelas igrejas cristãs e ressuscitada pelos hereges UNITARIANOS, pais dos Testemunhas de Jeová.
d- Como é apresentada sua Escatologia.

Escatologia (do grego antigo εσχατος, último, mais o sufixo logia) é um termo que define o estudo os últimos eventos na história do mundo ou do destino final do género humano, comumente denominado como fim do mundo. As Testemunhas de Jeová possuem uma interpretação singular do que entendem como fim, não da Terra e de todos os seus habitantes, mas sim de um "sistema de coisas", ou seja, uma determinada ordem mundial que deverá ser substituída por uma outra sociedade terrestre, organizada numa teocracia literal através de um governo de origem divina.

As Testemunhas de Jeová acreditam que a Terra jamais será destruída, segundo o que entendem de versículos bíblicos tais como Eclesiastes 1:4, Isaías 45:18, Salmos 37:29 e Salmos 104:5. Ensinam que o propósito de Deus é que o planeta se encha de humanos e que, portanto, a expressão "fim do mundo", ou "fim do sistema de coisas" conforme a versão da Bíblia que usam, refere-se à ocasião em que Deus, através do seu Filho Jesus Cristo, estabelecerá um reino ou governo global, eliminado todos os outros governos humanos. Este acontecimento global, precedido por um período de "grande tribulação" (Mateus 24:21, 22, 29) como a humanidade nunca sentiu, é por elas conhecido por "dia de Jeová", "guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso" e "Armagedom", conforme inferem de versículos como Daniel 2:44, Joel 1:15 e Revelação 5:9,10; 16:14-16. Esta conflagração universal derrotará todas as nações, bem como as criaturas espirituais iníquas, tal como Satanás e os demónios. Será o culminar de um período que designam de "últimos dias", durante os quais se desenrolam acontecimentos que prenunciam o fim, tal como um sinal anuncia a proximidade de um perigo. Este sinal composto é constituído por características que afirmam ter sido profetizadas por Jesus Cristo e por outros escritores bíblicos. Esta série de eventos, juntos, constituíriam um sinal identificador perceptível em qualquer parte da Terra num dado período da história. As Testemunhas entendem que tais acontecimentos estão referidos na Bíblia nos versículos que se alistam em seguida, conforme apresentados na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (NM):
• "Nação se levantará contra nação e reino contra reino." (Mateus 24:7; Revelação 6:4)
• "Haverá escassez de víveres." (Mateus 24:7; Revelação 6:5, 6, 8)
• "...num lugar após outro, pestilências." (Lucas 21:11; Revelação 6:8)
• "Haverá... terremotos num lugar após outro." (Mateus 24:7)
• "Aumento do que é contra a lei." (Mateus 24:12)
• "Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados de orgulho, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus, tendo uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder." (2 Timóteo 3:1-5)
• "Arruínam a terra" (Revelação 11:18)
• "Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada." (Mateus 24:14)
As Testemunhas de Jeová crêem que vivemos agora nesse período de "últimos dias", especialmente desde 1914, e que o Armagedom ocorrerá em breve. Os que Deus e o seu Juiz designado, Jesus Cristo, considerarem dignos de sobreviver a esse "fim do sistema de coisas" passarão vivos para um novo sistema sob um novo governo celestial, enquanto os demais serão aniquilados para sempre, deixando de existir (2 Tessalonicenses 1:6-10; Salmos 37:9-11; Provérbios 2:21, 22). A humanidade entrará então num período áureo, conhecido por Reinado Milenar, ou seja o governo da Terra às mãos de Cristo e de 144.000 humanos escolhidos e que reinarão com ele desde os céus (Revelação 5:9, 10; 14:1-3; 20:6). Durante esse governo glorioso, milhões de pessoas que não tiveram oportunidade de conhecer a Deus e os seus mandamentos serão ressuscitados dentre os mortos, abrindo-se-lhes a oportunidade de também viverem sem voltar a experimentar a morte. Ensinam ainda que, no fim desse Reino de mil anos, Satanás e os seus anjos, ou demónios, serão soltos de uma condição de inactividade a que terão sido sujeitos após a derrota no Armagedom (Revelação 20:1, 7). Isto lhes dará uma última oportunidade de exercer a sua influência na Terra após o que, eles junto com os humanos que eventualmente os apoiarem, serão definitivamente eliminados numa morte eterna e sem retorno. Alcançar-se-á então o cumprimento definitivo do propósito original de Deus, de que todos em toda a parte, seja na Terra ou no Céu, adorarão a Jeová em felicidade eterna.
5) Resuma o capítulo 5- O Mormonismo (págs 101-116)

Embora os Mórmons sejam um povo aparentemente simpático e tenham um programa de beneficência social igual aos melhores do mundo, o mormonismo é uma das piores seitas falsas de que se tem conhecimento. São verdadeiros lobos vestidos de cordeiros. Os missionários dos Mórmons são bem treinados em seus métodos, e quem é crente só de nome é presa fácil para seus argumentos. Entretanto, uma pessoa que realmente nasceu de novo não cairá em suas presas doutrinárias, porque sua regra de fé e prática é a Bíblia sagrada.

Breve Histórico do Mormonismo: O "profeta" dos Mórmons, Joseph Smith Júnior, nasceu em 23 de dezembro de l805 em Sharon, Estado de Vermont. Foi criado na pobreza e superstição. Em 1820, aos quinze anos, já residentes em Palmira, estado de Nova Iorque, participou de um grande movimento evangelístico na região, e ao orar num bosque (segundo ele), perguntando a Deus qual Igreja devia pertencer, apareceram-lhe dois anjos resplandecentes e lhe disseram que todas as igrejas estavam desviadas; e que ele não se unisse a nenhuma. O evangelho de Cristo em breve seria restaurado. Veja Gl1.8,9

a) A Segunda visão de Smith: Segundo o relato do próprio Smith, apareceu-lhe o "anjo" Moroni, que, segundo fez crer, havia vivido naquela mesma região há uns 1400 anos. Ainda conforme o relato de Smith, Mórmon, o pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo em placas de ouro. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Moroni teria essas placas ao pé de um monte próximo do local onde hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Joseph Smith o lugar onde as placas teriam sido escondidas, e lhe emprestou umas pedras especiais, um certo tipo de lentes, chamadas, "Urim e Tumim", com as quais Joseph Smith poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas.

b) Fundação da Igreja Mormon: Joseph Smith encontrou quem o aceitasse como profeta e fundou uma Igreja com seis membros. Esta, no conceito dele era a única igreja verdadeira. Somente nela se conseguiria a salvação da alma. Os crentes deviam edificar uma teocracia, isto é, teriam seu próprio governo civil sob a direção. Smith, o profeta, seria o presidente. Teria a ajuda de doze apóstolos. Os que não recebiam a mensagem eram chamados de "gentios". Uma série de "revelações" de Jeseph Smith foi desenvolvendo a doutrina da Igreja e transformado-a em um politeísmo, conf. Doutrinas e Convênios.(Livro da seita).

c) Perseguição à Igreja Mormom e seus Motivos: Devido à doutrina da poligamia, Smith e seus seguidores sofreram várias perseguições, razão pela qual eram levados a peregrinar de um a outro ponto da América, procurando onde estabelecer uma colônia e fundar o reino de Deus. Encontraram acolhida em Illinois, onde erigiram a cidade de Nauvoo. Aí acusado de grosseira imoralidade falsificação, Smith foi preso, e uma turba enfurecida invadiu a cadeia e, a tiros, matou Smith e a seu irmão Hyrum. Veja (2 Co 4.4).

As doutrinas do Mormonismo

Primeiramente é bom destacar que o Mormonismo não é um grupo doutrinário que esteja dentro do corpo cristão. Esta igreja prega um Deus diferente, um Jesus diferente, e um céu e inferno diferente. Ela ataca a integridade da Bíblia, e proclama um outro evangelho. Suas doutrinas "eternas" ou "evangelho" e plano de salvação são dirigidos pelo deus desta terra através de um profeta, "vidente e revelador" onde os membros devem demonstrar obediência total, se quiserem ganhar a vida eterna.

a) Doutrina Sobre a Bíblia: Os Mormons dizem crer na Bíblia até onde ela se haja conservado com a tradução correta. Afirmam que a "Igreja apóstata" tem corrompido gravemente, tirando muitas partes e acrescentando outras. Publicaram sua própria versão da Bíblia. A confrontação da Bíblia atual com manuscritos antigos faz ver que Deus admiravelmente tem conservado sua Palavra livre de tais alterações e corrupções. Os Mormons dizem também que os profetas vivos valem mais que todas as Bíblias. Veja Ap 22.18,19; Pv 30.5,6.

b) Doutrina sobre Deus: O Mormonismo ensina que há muitos deuses. Os livros sagrados desta Igreja se contradizem com respeito a esta doutrina. No princípio ensinavam que havia um só Deus, seguindo a doutrina unitária que havia um só Deus, seguindo a doutrina unitária que se encontra no livro de Mórmon, e na tradução que Jeseph Smith fez da Bíblia. Mais tarde a igreja ensinava que havia três deuses, negando a unidade do Pai, do Filho e do Espírito. Depois seus ensinos se converteram num politeísmo radical no qual todos os fiéis chegam a ser deuses. Contra o politeísmo veja Ex 20.1-3; Dt 6.4;4.33,34,35,39; 1 Rs 8.60; Is 45.5,6,12,21,11; Joel 2.27 etc.

c) Doutrina Sobre Jesus Cristo: Dizem que Jesus Cristo foi o Filho de Deus-Adão e Maria. Não foi gerado pelo Espírito Santo, mas por geração natural. Chegam ao absurdo de dizer que Jesus teve várias esposas, entre elas Marta e Maria, as irmãs de Lázaro, e Maria Madalena. Foi desta maneira que pôde "ver sua linhagem" antes de sua crucificação. As bodas de Caná, segundo eles, eram do próprio Jesus e que Joseph Smith foi um de seus descendentes, a linhagem prometida. Para quem conhece a Bíblia não terá dificuldades para refutar esses absurdos heréticos. Veja Mt 1.18-23; Lc 1.26-35. Em relação às bodas de Caná é ó ler o texto para constatar que Jesus foi apenas convidado para o casamento.

Doutrinas sobre o pecado e a salvação

Ensinam que Adão teve de desobedecer a um dos mandamentos de Jeová para poder cumprir outro mais importante, o de povoar a terra. Pela desobediência de Eva ela foi condenada à mortalidade. Para poder retê-la como esposa e povoar a terra, ele também teria de fazer-se mortal. Sabiamente desobedeceu também para que a raça humana pudesse nascer. Refutação: A bíblia não atribui nenhuma sabedoria à escolha de Adão, pelo contrário desobedeceu a consciente conf. 1 Tm 214; Rm 5.12-19.

a) A Expiação: O Mormonismo ensina que Jesus Cristo expiou somente o pecado de seu Pai, Deus-Adão, Isto fez possível a libertação da humanidade dos efeitos da queda, porém não era para remir o homem dos pecados individuais. Refutação: Se a pessoa negar a divindade de Cristo, nega também, logicamente, a doutrina cristã da expiação. A Bíblia ensina que Jesus Cristo levou o nosso pecado, e não somente os de Adão (1 Jo 2.2; 3.5; 4.10; Is 53.4-6,12;Jo 1.29;1 Co 15.3; Gl 1.4;Hb 1.3;1 Pe 2.24).

b) Batismo pelos mortos: Ensinam que aqueles que morrem sem ter sido batizados na Igreja dos Mórmons, terão oportunidade de ouvir a pregação da verdade no mundo dos espíritos, Muitos crerão, mas não terão ali oportunidade de se batizar para serem salvos. Portanto, os fiéis que ainda vivem, devem batizar-se em lugar de cada defunto cuja conversão deseja. Para essa doutrina citam 1 Pe 3.18-20 e 1 Co 15.29. Refutação: As Escrituras ensinam que hoje é o dia da salvação e que não há outra oportunidade depois da morte. Veja 2 Co 6.2; Hb 927; Mc 16.15,16 etc.

c) A Teocracia: Os Mormons ensinam que o sacerdócio de sua Igreja é o governo de Deus na terra. Os que rejeitam serão condenados. Refutação: Já vimos que a salvação depende da fé em Cristo, não de ser membro de uma Igreja (At 16.31; Ef 2.8). Os cristãos através dos séculos têm chegado a ser membros do reino de Deus, ao receberem o Rei em seus corações e fazê-lo Senhor de sua vida (Rm 14.17).

Refutações Bíblicas

O árbitro maior da fé cristã é, não a teologia seca e morta, nem as alegadas "visões" de homens, sejam, eles quem forem, mas a Bíblia sagrada. E é à luz dos seus ensinos que as crenças do mormonismo são refutadas. A regra de fé e prática do cristianismo sempre foi a Bíblia sagrada.

a) Sobre a Bíblia e Deus. A Bíblia sagrada fala de si mesma como: O Livro dos séculos (Sl 119.89; 1 Pe 1.25); Divinamente inspirada (Jr 36.2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21); poderosa em sua influência (Jr 5.14; Rm 1.16; Ef 6.17; Hb 4.12). Absolutamente digna de confiança ( 1 Rs 8. 56; Mt 5.18; Lc 21.33); pura (Sl 19.8; verdadeira (Sl 119.142) etc. Sobre Deus: Deus e Adão são pessoas distintas. Deus é o criador(Gn 1.26), enquanto que Adão é criatura de Deus( Gn 1.27). Deus não é homem (Nm 23.19). Deus é Espírito (Jo 4.24) etc.

b) Sobre Jesus Cristo e sobre a Igreja: Jesus Cristo foi gerado por obra e graça do Espírito Santo ( Lc 1.35). Dizer que Jesus era casado, e que as Bodas de Caná da Galiléia foi a festa do seu próprio casamento, demonstra ignorância quanto à exegese de João 2.2. Muito mais que isto, constitui-se num abominável ultraje à pessoa do Salvador Jesus Cristo. A Igreja foi estabelecida por Jesus (Mt 16.18). Está fundamentada em Jesus (Mt 16..16,18), é vitoriosa sobre o inferno pelo poder de Jesus (Mt 16.18).

c) Batismo pelos mortos, Matrimônio e o castigo eterno: Não há nenhuma referência na Bíblia, nem na história eclesiástica quanto ao batismo pelos mortos como uma prática da Igreja. Pelo contrário, em 1 Co 15.29,30 Paulo faz uma represália. Matrimônio: Segundo a Bíblia, os ressuscitados serão como os anjos, não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.30). Sobre o castigo eterno: Ver 1 Jo 2.17; Mt 25.46; Jo 6 51 etc. Ap 2.15.

Conclusão: "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo'" (1 Jo 4.1). Na história do mormonismo se vê o perigo de seguir personalidade em vez de aderir-se à doutrina sadia. Tal como a popularidade de Jeseph Smith cegou seus seguidores para suas faltas e falsidade de sua mensagem, surgem problemas similares ainda hoje. Existem muitos falsos doutrinadores com muita popularidade em nossos dias.

6) O que é o Neomodernismo ? (págs 131-140)
Em 1916, Karl Barth e seu amigo Eduard Thurneysen começaram a estudar juntos a carta aos Romanos. Junto com Thurneysen, Barth iniciou um movimento de retorno à Escritura Sagrada e à teologia dos Reformadores, sendo que o conjunto de obras dele passou entre obras a ser conhecido como Neomodernismo.
Em 1919, Barth escreveu o Comentário à Carta aos Romanos. Em 1922, ele escreveu a segunda edição, completamente reformulada, marcando o surgimento da assim chamada teologia dialética, também conhecida por teologia da crise.
No prefácio à segunda edição, Barth diz: “nesta segunda redação do livro eliminei na medida do possível tudo o que na primeira pudesse deixar entender que a Teologia se funda, se apóia sobre uma Filosofia da existência ou dela receba a justificação.” Portanto, a segunda edição do Comentário à Carta aos Romanos é o documento histórico que marca o início da teologia da crise, pois Barth designava a Palavra de juízo divino contra todo o empreendimento humano. O ser humano é descrito como um pecador que virou as costas para Deus, encontrando-se agora numa espécie de cegueira. Por si mesmo, o homem não possui a capacidade de conhecer a Deus. O conhecimento de Deus é uma dádiva a ser recebida pela fé em Cristo. O ser humano precisa se confrontar com a graça revelada em Cristo.
A influência de Kierkegaard
O filósofo e teólogo dinamarquês Sören Kierkegaard (1813-1855) posicionou-se contra o sistema filosófico de Hegel. Kierkegaard não admitia que a responsabilidade pessoal fosse reduzida a “um momento” dentro do processo cósmico, que é a marcha do Espírito em direção ao Absoluto.
Para Kierkegaard, há um abismo entre o divino e o humano, enquanto a filosofia de Hegel insistia numa continuidade. O dinamarquês salientou que existe uma “infinita diferença qualitativa” entre Deus e os seres humanos. Em sua queda e finitude, os seres humanos precisam acolher a verdade de Deus mediante uma decisão, um “salto de fé”. Conhecer a Deus é uma atitude de fé, o que significa correr o risco de saltar. Deus é pessoal, santo e transcendente. Os seres humanos são finitos, pecadores e dependentes. Deus só pode ser conhecido mediante um relacionamento pessoal. Somente o “salto de fé”, o risco pode nos proporcionar o verdadeiro relacionamento com Deus. Enquanto não houver o “salto de fé”, podemos ter uma religiosidade ética, mas não seremos cristãos autênticos.
Karl Barth identificou-se com o posicionamento de Kierkegaard contra o cristianismo cultural e a filosofia de Hegel de continuidade entre Deus e o mundo, reino de Deus e cultura. Também Barth entendeu que a fé cristã consiste no relacionamento entre o Deus santo e o ser humano finito e pecador. Era necessário enfatizar a transcendência de Deus, pois a teologia liberal havia encoberto esses temas com o racionalismo e a moralidade.
No prefácio da segunda edição do Comentário à Carta aos Romanos, em 1922, Barth mostrou seu reconhecimento à reflexão de Kierkegaard. “Se tenho um sistema", diz ele, "ele está limitado ao reconhecimento do que Kierkegaard chamou de 'distinção qualitativa infinita' entre o tempo e a eternidade, e à minha opinião de que ela possui uma relevância negativa tanto quanto positiva: 'Deus está no céu e tu estás na terra'. O relacionamento entre esse homem e esse Deus é, para mim, o tema da Bíblia e a essência da filosofia.”
A teologia dialética
Barth pretendeu redescobrr o Evangelho sem o auxílio de um sistema filosófico. E assim teve início a teologia da Palavra de Deus (outra designação da teologia dialética ou teologia da crise). Seu postulado teológico é que “a possibilidade do conhecimento de Deus encontra-se na Palavra de Deus e em nenhum outro lugar”. Portanto, “o Deus eterno deve ser conhecido em Jesus Cristo e não em outro lugar.”
A teologia dialética não rejeita, mas questiona o método histórico-crítico como chave de interpretação da Bíblia. A interpretação histórico-crítica se concentrava demasiadamente em questões periféricas, ao passo que Barth enfatizava a proclamação (querigma) como sendo o fundamental.
Barth enxergou aspectos positivos no método histórico-crítico. Mas, posicionou-se contra o “abuso idealista e reacionário desse método”. A teologia de Barth, ao contrário, aponta para a centralidade da Sagrada Escritura, o documento da revelação de Deus. Barth aconselhava, daí, que sejam respeitados os limites do método histórico-crítico.
A autoridade da Palavra de Deus, segundo Barth, não pode ser submetida a critérios de pesquisa. A razão humana não pode ser o critério último para a análise dos escritos bíblicos. Nesse caso, corre-se o perigo de identificar Espírito Santo com razão humana. O método histórico-crítico corre o risco de identificar interpretação racional com a Palavra de Deus. Por isso, tornou-se paradigmática a declaração de Barth: “Mais críticos deveriam ser os histórico-críticos.”
De acordo com a crítica barthiana, o método histórico-crítico considera como o histórico apenas o analógico (baseado em semelhança). Tudo o que foge dos esquema de analogia (relação de semelhança) é rotulado de simbólico, lendário e mitológico. Os conceitos de fé naufragam na “onipotência” da analogia. Para Barth, entretanto, os conteúdos decisivos da fé cristã deveriam permanecer com seu caráter transformador.
Segundo Karl Barth, a dimensão escatológica do agir divino, o totaliter aliter (o Totalmente Outro) deve ser preservada. A dialética acentuaria, então, o contraste entre a eternidade e o tempo, entre Deus e a humanidade. O método dialético de Barth coloca os pontos de vista diferentes em confronto. Obtém-se assim um equilíbrio entre as declarações que afirmam e as que negam certa proposição. Desse modo, as respostas são interrogadas, e as perguntas, respondidas. Nas palavras do teólogo suíço,
“apenas resta, pois [...] relacionar ambos, o positivo e o negativo, um com o outro. Para esclarecer o sim pelo não e o não pelo sim, sem nos demorarmos mais que um momento no sim ou no não; deste modo, por exemplo, falando da glória de Deus na criação apenas para passar imediatamente a ressaltar que Deus está completamente oculto a nós na natureza, e falar da morte e da transitoriedade da vida apenas para lembrar a majestade da vida inteiramente outra que vem a nosso encontro nessa própria morte.”
O Conceito de Religião
Barth salientou que existe uma distância infinita e qualitativa entre ser humano e Deus. Além desta distância, existe uma oposição substancial entre Deus e tudo aquilo que é humano: a razão, a cultura, a filosofia. Com sua pretensão de tornar a fé popular com recursos do método histórico-crítico, da cultura e da filosofia, os teólogos liberais teriam diminuído a transcendência de Deus. Barth se contrapôs a isto, afirmando que Deus é “o Totalmente Outro”, sendo inútil tentar captá-lo com instrumentos humanos. Segundo ele,
“Deus é o Deus desconhecido [...]. A excelência de Deus sobre todos os deuses, a sua característica como Deus, como Criador e Redentor, está no fato de que nós não podemos saber nada de Deus, no fato de que nós não somos Deus, no fato de que o Senhor deve ser temido. Por isso, é legítima a rebelião contra o Deus que é fruto de uma religião que, como a liberal, transforma Deus em ídolo. Ela, porém, não atinge a Deus, mas somente sua caricatura humana [...]. Contra Zeus, o não-Deus que tomou o seu lugar, Prometeu revolta-se com toda razão”.
De acordo com Barth, portanto, o homem nada pode saber e dizer a respeito de Deus por si mesmo. A pessoa que pretende falar de Deus a partir de seus sentimentos e raciocínio, estaria na verdade falando de um ídolo. O verdadeiro Deus é Totalmente Outro em relação ao ser humano – em tudo o que ele pensa, sente, deseja, elabora e compreende.
Afeito à idéia de revelação, Barth descobriu nas Sagradas Escrituras a grande ruptura: a separação entre Deus e o homem, entre o Reino de Deus e o mundo. O Deus do Evangelho - o desconhecido, o Totalmente Outro, e absolutamente transcendente - revela-se e diz não a todos os empreendimentos da cultura e do espírito, mediante os quais o ser humano se esforça para afirmar sua autonomia e seu poder. Dentre todos os empreendimentos humanos, a religião seria o mais pernicioso.
O homem religioso, para Karl Barth, seria aquele que quer captar Deus para seu proveito próprio, e desse modo se afunda na mentira e na idolatria. Sendo assim, nenhum outro empreendimento estimularia mais a mentira e a idolatria do que a religião. A vivência da fé foi transformada em cristianismo, e a igreja cristã passou a se comprometer com o mundo, com a civilização e com a história. Com esta vinculação, cristianismo e igreja teriam recusado o não que Deus pronuncia sobre toda a humanidade.
A percepção deste não divino é, também, a percepção de que o Deus oculto - o Totalmente Outro - está se revelando. De acordo com Barth, ao encontrar o homem, Deus o chama a uma decisão existencial da fé. Portanto, todo o empreendimento humano dever-se-ia reduzir a nada na presença da Palavra de Deus. A revelação de Deus invade a existência humana, levando o homem a uma decisão existencial. O único contato possível entre o divino e o humano se dá por intermédio da encarnação de Deus em Jesus Cristo. Neste instante, segundo a dialética de Karl Barth, o sim de Deus atinge verticalmente o homem e o mundo. O sim de Deus foi pronunciado em Jesus Cristo - o momento central e decisivo desta revelação vertical. Portanto, para Barth (indicando, assim, a herança calvinista) é Deus quem estabelece o relacionamento, não havendo caminho que se dirija da terra para o céu.
7) De acordo com o livro a Congregação Cristã do Brasil é uma seita ? Quais suas principais controvérsias.
A Congregação Cristã no Brasil é vista por alguns como uma seita, por outros , como um movimento contraditório. O importante aqui é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta Igreja, fato que nos impele a tratá-la no mínimo como um movimento contraditório; pois suas doutrinas são fundamentadas em versículos isoladas das Escrituras e mal interpretados, como também vêem as demais Igrejas como seitas.
Seu fundador foi Luis Francescon , nascido em 29 de março de l866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália. Imigrou para os E.U.A. após servir ao exército, chegando à cidade de Chicago, Estado de Illinois em 1890. No mesmo ano começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891 teve compreensão do novo nascimento e aceitou a Cristo como seu Salvador. Em março de ano seguinte, junto ao grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da Igreja Valdense, fundaram a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, tendo sido eleito Filippo Grili como pastor e Francescon como diácono e, após alguns anos, ancião dessa Igreja.
a) Sua experiência com o novo batismo.
Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos de freqüência e organização da Igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia a Bíblia Sagrada, em Cl 2,12 "Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos". No momento da leitura ouviu duas vezes as seguintes palavras "Tu não obedecestes a este meu mandamento". A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado pelo Igreja Presbiteriana Italiana.
b) Rompimento com a Igreja Presbiteriana.
Com a viagem do Pastor Filippo Grilli para a Itália, coube a Francescon, como ancião, presidir à reunião no dia 6 de setembro de l903 ,(domingo), oportunidade em que, após 9 anos da revelação acerca do batismo, falou com a Igreja acerca deste assunto, o que fez, convidando a todos os membros da Igreja Presbiteriana para assistir ao seu batismo por imersão. O batismo foi realizado no dia 7 de setembro de l903, onde compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18, incluindo Francescon, foram batizados. Com a chegada do Pastor Filippo Grilli, da Itália, Francescon não pode fazer outra coisa que pedir seu desligamento daquela Igreja, e o grupo batizado, juntamente com ele, também se desligou, mesmo a revelia. Assim estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre reunindo-se na casa dos irmãos.
c) O Batismo com Espírito Santo:
Em fins de l907, o grupo liderado por Francescon tomou contato com o nascente movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas na missão localizada na West North Avenue,943, que tinha como pastor William H. Durhan, oriundo do movimento Azuza, de Los Angeles. No dia 25 de agosto de l907, naquela missão, Luis Francescon recebeu o Batismo com Espírito Santo, e algum tempo depois o Pr Durham informou a ele que o Senhor o tinha chamado para levar sua mensagem à colônia Italiana, e o movimento foi se expandindo.

2. O Estabelecimento da Igreja no Brasil .
Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Francescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em 8 de março de l910, com destino a São Paulo. No segundo dia de estada no Brasil encontraram um italiano chamado Vicenzo Pievani, na Praça da Luz, onde pregaram o evangelho. Parece, todavia, que de início seu trabalho foi pouco promissor, até que em 18 de abril, G. Lombardi partiu para Buenos Aires, e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, chegando lá em 20 de abril de l910, e deixou estabelecido ali um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.
a) O trabalho em São Paulo.
Ao retornar em 20 de junho para são Paulo, após um contato inicial com a Igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, bem como alguns batistas, metodistas e católicos romanos, surge a primeira "Congregação Cristã" organizada no país. Já, no mês de setembro, Francescon segue novamente para o Paraná, deixando ali a novel igreja sem maior respaldo. A partir daí, o trabalho da Congregação Cristã espalha-se por onde existe colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná, onde até hoje se concentram. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 7 de setembro de l964, na cidade de Oak Park, Illinois, USA.
b) O desenvolvimento da Igreja.
Diante dos relatos acima, podemos ver que a história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foram se adequando a certos individualismos . Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos declarar que o comportamento da congregação cristã hoje é bem diferente de seu fundador; pois o mesmo mantinha comunhão com irmãos de denominações diferentes. Gunnar Vingrem narrou em seu diário o encontro com Francescon em um clima de muita comunhão e espiritualidade em 1920 em São Bernardo do Campo.
c) Causas do individualismo.
Primeiramente, devemos ter em mente que a Congregação Cristã teve origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação , de onde veio seu fundador e boa parte de seus primeiros membros. Isso, somado ao fato de que algumas profecias davam conta de que lhe seriam enviados os que haveriam de se salvar, além do fato de o ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, mas, como ele mesmo escreveu, esteve em nosso país cerca de dez vezes, em períodos intercalados. Esses fatos Com certeza causaram grandes vácuos na interpretação e orientação da liderança nacional, levando a surgir uma interpretação extremista dos conceitos calvinistas.

3. Doutrinas Da Congregação Cristã no Brasil:
Ao analisar o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a impressão de que seus líderes criaram um Evangelho segundo a CCB. A maioria de seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na sua própria Igreja: "A gloriosa Congregação". Desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvação, ou da religião salvífica, e conseqüentemente, por tabela o monopólio da salvação, com todos os direitos reservados à CCB, uma espécie de "copyrigth".
a) Sobre o estudo da Bíblia.
A CCB ensina que o Espírito Santo dirige tudo, e não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras Sagradas. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras. É uma postura que desvirtua um dos propósitos de Deus, que é o exame de sua Palavra. "Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite". ( Sl 1.1); Veja ainda 2 Tm 2.15; Sl 119.105; Pv 7.1-3; Dt 6.6-9; 1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13; Pv 9.9; Sl 119.9-16; Sl 19.7-8; Sl 1.1-2. Essas referências já são suficiente para provar que o pensamento da CCB é contrário a Palavra de Deus. Os membros da CCB não conhecem a Palavra de Deus e fazem questão de dizer que não sabem para dar a entender que tudo que falam provém do Espírito Santo. Uma atitude completamente contrária a de seu fundador.
b) Sobre o Batismo.
A CCB não conhece a Batismo efetuado por ministros do Evangelho de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ( Mt 28.19). Na verdade não dá para concordar com a maneira ou forma pela qual ela ministra nas águas às pessoas sem preparo algum, todavia não desmerecemos tal batismo, mas reconhecemos que sua validade depende mais do batizado. A CCB diz não reconhecer o Batismo de outras denominações pelos seguintes argumentos: "o batismo de outras denominações cristãs está errado, porque utilizam a expressão "eu te batizo". A CCB entende que ao dizer "eu te batizo" é a carne que opera e o homem se coloca na frente de Deus. "O Batismo só é válido se efetuado com esta fórmula: Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". "O Batismo da CCB purifica o homem do pecado". Parece que a CCB, além de não conhecer a Bíblia, desconhece também, a língua portuguesa. Que diferença há em dizer: "Eu te batizo" ou "Te Batizo". O sujeito não está oculto? Além do mais, se, pelo fato de utilizar a expressão "eu te batizo", estivermos aborrecendo a Deus , então João Batista teria ofendido a Deus, pois ele dizia "eu vos batizo com água..." Será que a CCB acha que João Batista era carnal e se colocava na frente de Deus?
c) Sobre o uso do véu para as mulheres.
Se a CCB tivesse adotado a prática de suas mulheres usar o véu, mas não condenasse as que não usam, não teríamos nada a dizer. Convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como véu, chapéu, roupas etc, depende de cada cultura , pois "os costumes se alteram e as exigências também": Essa questão do véu transformou-se em polêmica por parte de alguns, mas, porém, basta estudar a questão cultural dos orientais paras se perceber que é apenas um costume local.
4. Outros erros doutrinários da CCB
De acordo com o exposto, a CCB não suportaria um exame sério das Escrituras, fato característico das seitas; porque sua interpretação foge às regras da hermenêutica sagradas. Tudo que acontece nessa Igreja está relacionado ao sentimento. É sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar por alguém. Essa teologia do sentimento afasta o homem de Deus e da Bíblia, como prova sua própria história.
a) A Saudação da CCB.
A CCB nos acusa de saudar com a "paz do Senhor". Citam para justificar esse conceito a seguinte expressão: "devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a Paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um. Essa acusação da CCB se desfaz em pó com somente um versículo que Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 8.5,6, que diz: "Porque, ainda que haja também alguns que se chamam deuses, quer no céu como na terra( como há muitos deuses e muitos senhores). Todavia para nós há um só Deus, Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele". A CCB não consegue entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz do nosso grande Senhor Jesus Cristo. Conf. Jo 14.27.
b) O Ósculo Santo.
A CCB insiste em adotar costumes orientais, muitos deles registrados na Bíblia, como é o caso do ósculo santo, pensando com isto estar em posição espiritual superior à dos outros. Esse é um costume que perdura até hoje no oriente. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo. Tem servido igualmente como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto. Ver Gn 29.11; 33.4. Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas conf. 1 Sm 10.1. O ósculo dado aos ungidos de Deus, por semelhante modo, parece ter-se revestido de significação religiosa, o que também se verifica entre outras culturas. Quando Paulo recomendou que se saudasse uns aos outros com ósculo santo, simplesmente estava falando de um costume existente. Caso fosse no Brasil, certamente seria mencionado o aperto de mão ou o abraço. Essa é uma questão cultural, que também não é compreendida pela CCB.
c) O Dízimo:
CCB da a César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventam muitos argumentos e obstáculos. Ensinam os Anciãos da CCB que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe. A Bíblia ensina que o dízimo é santo; a CCB ensina que é profano. A Bíblia ensina que o dizimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o dízimo é para ladrões. Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23.33); condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão.( Gn 14.20). O Autor da epístola aos Hebreus falou sobre a prática do dizimo na atual dispensação. ( Hb 7.8-9).
Procuramos destacar alguns pontos contraditórios da Congregação Cristã, ainda que sucintamente, mas cremos ser o suficiente para mostrar que essa denominação é exclusivista. Parece que o céu foi feito só para eles e que a salvação só existe em sua denominação e em questão de Bíblia só a interpretação deles é válida. Para eles somente sua liderança é Bíblica, somente sua maneira de orar é válida e a pregação do evangelho só é correta através de seus membros. Sem dúvidas , a Congregação Cristã No Brasil está completamente desviada de seus propósitos iniciais. Precisa urgentemente voltar ao primeiro amor conf. Ap 2. 4,5

8) Resuma o capítulo 13- A maçonaria (págs 203-226).
A Maçonaria sempre fez grande alarde para engrossar suas fileiras. A fim de alcançar seu objetivo com mais facilidade, usa de palavras grandiosas, esconde sua verdadeira fisionomia e mostra ao público tão somente um rosto mascarado. Toma aparências de sociedade literária, científica, filantrópica etc.
Os maçons que estão dentro das igrejas não querem admitir que ele seja condenável pela Bíblia e por isso julgam poder ser maçom sem nenhum pecado. Para lhes mostrar e demonstrar o seu erro há dois caminhos:
Durante muitos anos não tínhamos praticamente nada escrito denunciando os erros da Maçonaria, hoje graças a Deus temos 5 livros sério escritos por pesquisadores equilibrados e conceituados nos meios tradicionais (reduto dos maçons na Igreja) que denunciam abertamente as aberrações desta organização.

II - História da Maçonaria
• Maçom ou franco maçom: pedreiro.
• Início em 24 de junho de 1717, em Londres, Inglaterra.
• Fundadores: dois pastores - James Anderson (anglicano) e Jean Theophile Desaguiliers (huguenote).

III - Sociedade de beneficência ou sociedade religiosa?
• Alegação de ser sociedade secreta não religião: templos, ritos, orações, castigos/recompensas.
• Ocultismo na maçonaria: cabala, numerologia, astrologia, mitologia (Dt 4:19; 18:9-12).
• Religião ecumênica: aceita pessoas de todas as crenças (Gn 4:3-7; Am 3:3).

IV - Ensinos religiosos

1. O uso da Bíblia
• As três grandes luzes; a da Bíblia, a do esquadro e a do compasso.
• A Bíblia como símbolo da vontade de Deus e objeto de decoração da loja.
• A Bíblia ao lado de livros pagãos: Alcorão, Vedas, Tripitaka, Livro de Mórmon (2 Tm 3:16; I Ts 2:13).
• O uso da Cabala na interpretação da Bíblia.
• Cabala: interpretação oculta que os rabinos davam à Bíblia (2 Co 11:3; Pv 30:5-6).

2. O G.A.D.U. (Grande Arquiteto do Universo) - quem é ele?
• G.A.D.U. designa qualquer deus (Tg 2:19)
• O exemplo eclético de Salomão (I Re 11:5-7)
• O nome secreto no Rito Real Arco de Iorque (Jahbulom)
• Jah: Jeová
• Bul: Baal Peor
• Om: o deus sol dos egípcios ou Osíris
2.1. Refutação: Is 42:8; Sl 115:3,4,.

3. Jesus Cristo
• Um fundador de religião igual a Krishna, Maomé, Pitágoras, etc.
• Pregou a mensagem da verdade única: todos somos filhos de Deus e Deus é o Pai de todos
• Seu nome é eliminado nas orações e leituras das Escrituras na loja (Ex.: I Pe 2:5; II Ts 3:6; 3:12)
• É proibida toda discussão sobre ele nas atividades da loja.
3.1. Refutação:
• Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem (Jo 1:1;14; Is. 7:14; Mt 1:21-23)
• O próprio Jesus ensinou que devemos orar em seu nome (Jo 14:13,14)
• A maçonaria se envergonha do nome de Jesus. Este nos mandou pregar o Evangelho e todas as pessoas e disse que se alguém se envergonhar dele, ele também se envergonhará de tal pessoa (Mt 28:19; Mc 16:15; Mt 10:32,33)

4. A Ceia Mística
• Realizada na quinta-feira da semana santa
• Participantes: os "irmãos" de 18º a 33º grau
• Forma da sua realização:
• Palavras proferidas : "Comei e dai de comer aos que tem fome" e "bebei e dai de beber aos que tem sede".
4.1. Refutação: Mt 26:26-28; I Co 11:23-26.

5.Salvação pelas obras
• Objetivo da maçonaria: "Cavar masmorras ao vício e levantar templos à virtude".
• O profano e a cerimônia de iniciação.
• O uso do avental e seus significados (pureza de vida e conduta, de coração e consciência).
5.1. Refutação: Ef 2:8-9; Rm 3:23-24; 11:6; Gl 5:4; cf. Rm 10:1-3.
1. O juramento
"Eu, _______________________, juro e prometo, de minha livre vontade, pela minha honra e pela minha fé (...) nunca revelar qualquer dos mistérios da Maçonaria... Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado... sendo declarado sacrilégio para com Deus (...) " (ênfase acrescentada)
1.1. Objeções a esse juramento
• O juramento é proibido por Jesus (Mt 5:30; confira Tg 5:12)
• Nosso corpo pertence a Deus e não pode ser entregue a uma sociedade secreta de caráter mundano (I Co 6:19-20)
• Esse juramento estabelece uma sociedade/fraternidade indissolúvel de crentes com fiéis (II Co 6:14-17)
• Até mesmo no Antigo Testamento já se proibia a promessa de guardar segredos que ainda se ignora (Lv 5:4)

2. Blasfêmia:
Os maçons apropriam-se em seus rituais de títulos e ofícios que pertencem exclusivamente a Deus: Eu sou o que sou, Emanuel, Jeová e Adonai.
Trata-se, evidentemente, de blasfêmia, que a Palavra de Deus condena (Êx 20:7)

3. Os Landmarks
São considerados como as antigas leis que regem a Maçonaria universal, três deles são fundamentais:
1. A paternidade universal de Deus.
2. A fraternidade universal dos homens.

3. A crença na imortalidade da alma.
[por isto querem dizer que Deus, sendo Pai de todos, salvará todos seus filhos, nenhum sofrerá eterna-consciente-terrivelmente]
3.1. Refutação:
A Bíblia ensina que Deus criou todas as criaturas (Gn 1:26;27), porém afirma que o privilégio de ser seu filho é reservado apenas que aceitam a Jesus Cristo como Salvador (Jo 1:12; Gl 4:4-6; Rm 8:14-16)

4. A Maçonaria e a Igreja
No princípio da obra evangélica no Brasil, a maçonaria apoiou mediante sua força política econômica, a implantação de alguns grupos protestantes, como os batistas e os presbiterianos no país. Esse apoio ajudou os pioneiros protestantes a conquistarem um espaço numa cultura predominantemente romanista. Significa isto, entretanto, que o apoio da maçonaria teria sido indispensável ao sucesso das igrejas protestantes, ou poderia Deus ter usado outros meios como seus instrumentos? A Bíblia está repleta de exemplos de como Deus utilizou pessoas incrédulas para o cumprimento de seus propósitos em relação ao seu povo. (Is 45:1-4; Jr 25:9; 27:6-8).
9) O que são outras seitas e os “Ismos” modernos? ( págs. 227-250)
Bahaísmo
1 - HISTÓRICO
O bahaísmo foi oficialmente organizado em Acre, Palestina, por um nobre exilada persa, hoje conhecido pelo nome de Bahá'u'lláh (Glória de Deus) e instituído por seu filho, Sir 'A'bdul-Bahá Bahai ou Servo da Glória de Deus. Declaram que possuem mais de um milhão de adeptos no mundo.
"E impossível compreender a fé bahaísta sem um conhecimento do Islã, como seria impossível compreender o cristianismo sem um conhecimento do Velho Testamento." O bahaísmo está saturado com as concepções islâmicas. Em 570 AD nasceu em Meca, na Arábia, uma criança chamada Maomé, destinada a mudar a religião, a política e a cultura de grande parte do mundo. Foi Maomé seguido por aqueles que não adoravam imagens. Quando morreu, em 632 AD, a maioria de seus seguidores elegeu Abu Bakr como o vigário ou sucessor. Este foi sucedido por outros líderes que propagaram a fé islâmica ou maometana.

Por volta de 1815 a civilização do Islã, outrora brilhante, começou a declinar. Pairava sobre o mundo a expectativa da volta de Cristo. O Islã estava dividido em duas correntes principais: sunitas e xiitas. Metade esperava Cristo. Através da devoção e do conhecimento profundo de dois homens eruditos, Shaykh Ahmad e Siyyid Kazim, um pequeno grupo de pessoas fora preparado para buscar e reconhecer o Prometido quando este se declarasse. Após a morte de Kazim, um outro discípulo chamado Mulla Hussayn saiu à procura do Prometido; sentiu-se impelido para a cidade de Shiraz, onde encontrou um jovem, às portas da cidade, de fisionomia radiosa, com turbante verde. Era véspera de 23 de maio de 1844.

O ano de 1844 fora afixado como o ano da volta de Cristo (ano 1260 da era muçulmana). Daquele encontro acima mencionado com o jovem de 25 anos, descendente do profeta Maomé, ele foi reconhecido como o Prometido. Adotou o nome de O Bab (A Porta) e foi precursor de Bahá'u'lláh, como o Batista foi o precursor de Jesus Cristo, sua principal mensagem (do Bab) era que, após nove anos, surgiria um outro enviado de Deus para iniciar uma nova era, um novo ciclo profético. Esse Bab foi reconhecido por dezoito crentes denominados por ele de Letras da Vida; estes deveriam propagar a fé por todos os lugares. O clero muçulmano perseguiu atrozmente aquele grupo, temendo perder a influência sobre o povo e alegando ser aquela seita um perigo para a religião muçulmana e para o próprio Estado.

O próprio Bab foi condenado e morto em Tabriz, no dia 9 de julho de 1850, com 30 anos de idade. Seu nome civil era Mirza 'Ali Mohamed. Pressentindo seu fim, transferiu o título de Bab para um de seus discípulos; enviou seus sinetes e escritos a Mirza Husayn Ali, um de seus amigos e principais protetores. Os restos do Bab repousam num artístico mausoléu erigido nas fraldas do Monte Carmelo, em frente á Baía de Haifa (Israel).

Mirza Husaun Ali nasceu em Teerã, em 12 de novembro de 1817. Seu pai era um nobre de grande opulência, possuindo um importante cargo de ministro na corte do Xá. Com a morte do pai, Mirza renunciou ao cargo que lhe fora oferecido; sempre lutou em favor dos pobres e necessitados. Os outros seguidores ao Bab reconheceram nele o verdadeiro Prometido. Denominaram-no de Bahá'u'lláh; isto aconteceu em 1863. Anteriormente ele havia sido encarcerado junto com os outros seguidores do Bab; havia sido desterrado para Bagdá em 1852. Dali foi levado preso para a cidade de Akká (São João do Acre), onde ficou 20 anos. Durante todo esse tempo revelou seus ensinamentos; dirigiu-se aos reis e principais governantes, anunciando sua condição messiânica; seu único erro era "desejar o bem do mundo e a felicidade das nações, que as guerras desaparecessem e reinasse a paz".

Enquanto esteve em Bagdá, Bab escreveu três de suas mais importantes obras: O Livro da Certeza, é uma explanação clara das escrituras do judaísmo, do cristianismo e do islamismo; Os Sete Vales, foi escrito em resposta ao pedido de um eminente sufi, descrevendo a jornada do homem para Deus: As Palavras Ocultas, consideradas de uma beleza extraordinária mesmo entre a literatura da Pérsia.
Depois do dia 21 de abril de 1863, quando Mirza declarou que era aquele a quem Deus tornaria manifesto e quando os seus seguidores o aceitaram como tal, a fé do Bab seria a fé bahá'i e seus adeptos bahá'is.

A partir de 1868, quando Bahá'u'lláh e seus companheiros foram mandados para Akká, na Terra Santa, ele foi viver em Bahjí, a uma pequena distância de Akká. "Foi neste lugar que Edward Granville Browne, catedrático da Faculdade de Pembroke, da Universidade de Cambridge, foi recebido por Bahá'u'lláh."

No dia 29 de mato de 1892 Bahá'u'lláh faleceu com a idade de 75 anos, havendo designado em seu testamento a seu filho mais velho, Abbas Effendi, como o Centro do Convênio, o modelo de seus ensinamentos. Os restos mortais de Bahá'u'lláh encontram-se na mansão de Bahjí, próximo a Akká (Israel).

Abbas Effendi adotou o título de 'Abdu'-Bahá (Servo de Deus). Ele, desde sua infância, havia acompanhado as perseguições sofridas pelo pai, desde a masmorra em Teerã. Jovem de 24 anos, seguiu para Akká; depois de 40 anos foi posto em liberdade, depois da derrota das forças responsáveis pelas perseguições a seu pai e outros bahá'is. Assim, em 1908 viajou para o Ocidente, levando a mensagem para o Egito, França, Inglaterra e Estados Unidos. Foi duas vezes à Inglaterra, em 1911 e em 1913; os jornais provam que suas visitas não passaram despercebidas.

Durante a guerra de 1914 -18 Abbas Effendi alimentou o povo da Palestina, preservou os cereais da destruição pelos turcos e abasteceu o General Allenby de alimento para seu exército quando conquistou a Terra Santa. Pelas jornadas no Ocidente discursava diante de toda espécie de sociedades, clubes, igrejas; não admitia distinção de religião, cor, raça, nação ou classe. Associou-se com naturalidade a cientistas, economistas, negociantes, educadores.
Abbas Effendi explicou e ampliou os ensinamentos do pai. Seus discursos registrados e suas cartas escritas constituem uma grande parte da escritura bahá'i.
Quando faleceu em 1921, em Haifa, Abbas Effendi nomeou Guardião da Fé a seu neto Shogji Effendi, que se achava estudando na Inglaterra. Este, durante trinta e seis anos, organizou a ordem administrativa Bahá'i e realizou as tradições das sagradas escrituras da seita. Faleceu em 1957 e deixou uma comunidade mundial bem organizada. Desde 1963 a Casa Universal da Justiça dirige a fé, estabelecida em mais de 395 países e territórios.
O Centro Mundial Bahá'i está situado nas encostas do Monte Carmelo, onde se encontra a Casa Universal da Justiça. O organismo é composto de nove membros, eleitos a cada cinco anos, exercendo o poder legislativo. Todos os centros bahaístas são iguais e a administração é feita por organismos eleitos em três níveis: local, nacional e internacional. A responsabilidade da propagação da fé bahaísta cabe aos adeptos, como voluntários (chamados de pioneiros). O proselitismo é proibido bem como pedidos de auxílio.
Cada comunidade bahaísta é formada de crentes maiores de 15 anos e é regida pela Assembléia Espiritual Local, eleita anualmente no dia 21 de abril, entre os adeptos maiores de 21 anos. E composta de nove pessoas que obtiveram maior número de votos. As Assembléias Locais de uma nação encontram-se sob a direção da Assembléia Espiritual Nacional eleita de maneira semelhante como um Convenção Nacional. Formam a Assembléia Espiritual Nacional os nove mais votados, sem distinção de sexo, com mandato de um ano.
Os componentes das Assembléias têm os mesmos direitos e devereis. As Assembléias nomeiam seus oficiais: presidente, vice-presidente, secretário e tesoureiro, e outros, como bibliotecário. As Assembléia Nacionais estão sob a direção da Casa Universal da Justiça. Duas instituições auxiliam no ensino e proteção da fé Bahá'i: Mãos da Causa, estabelecida pelo Bahá'u'lláh, e Corpo de Conselheiros Continentais.
Atualmente existem mais de 70 mil Centros Bahá'is no mundo todo, formados de adeptos de todas as raças, classes sociais e procedentes de todas as religiões.
Na Espanha existe uma Editora Bahá'i, com sede em Tarrasa; também existe um curso de informação gratuita. A literatura bahaísta é numerosíssima, traduzida em pelo menos 60 línguas e dialetos; há diversas editoras em todo o mundo, sendo a principal é Editora Bahá'i Indo-Latino-Americana, em Buenos Aires.
"De acordo com claras disposições dos ensinamentos da Fé Bahá'i, seus centros, espiritual e administrativo, devem sempre estar unidos em uma localidade. Desta forma, como um ato de fé, os bahá'is não podem remover da Terra Santa seu Centro Mundial Administrativo, separando-o do Centro Espiritual. E portanto para aquela terra - uma terra tida como santa por seguidores de três outras fés mundiais e para a qual os peregrinos bahaístas viajam para visitar o Qiblih de sua religião, e outros locais estreitamente associados aos seus fundadores. "
As contribuições enviadas pelos bahaístas servem para manter os santuários sagrados e propriedades históricas, bem como para a administração de sua fé. Não aceitam contribuições dos não bahaístas, na Terra Santa. Não aceitam ajuda do governo.
No Irã o bahaísmo é muito perseguido. Em 20 de julho de 1981, assembléias nacionais e locais de todo o mundo enviaram telex ao Secretário Geral das Nações Unidas, Kurt Waldheim, pedindo a intervenção da ONU no Irã em nome dos direitos humanos. A repercussão dessa medida foi a ameaça feita pelo Mercado Comum Europeu de paralisar a venda de alimentos ao Irã, caso continuassem as perseguições.

Os bahaístas professam a existência de um só Deus, distinto do mundo. Abraçam um credo monoteísta, já que o islamismo aproveitou muitos temas do judaísmo e do cristianismo. Conforme seus ensinamentos, Deus se dá a conhecer por seus profetas: Moisés, Daniel, Cristo, Maomé, e por último Bahá'u'lláh, com quem as manifestações da divindade chegaram à consumação. Para a fé bahaísta devem convergir todos os credos da humanidade, para que haja unidade e união dos seres humanos. A religião bahaísta está fadada a ser a religião universal. Um novo período na terra está para ser inaugurado e a religião bahá'i tem condições para tanto. Os cristãos denominam este período de milênio ou instauração do reino de Deus na terra, que significa o pleno conhecimento do Senhor.
Quando a religião bahá'i tiver estabelecido sua Nova Ordem mundial, com a aquiescência de todas as religiões e todos os governos, será iniciada a Nova Era para o mundo e levará a muitos desenvolvimentos em idades e eras futuras. Deve haver o estabelecimento de uma comunidade mundial em todas as nações, raças, credos e classes; essa comunidade mundial deve possuir uma legislatura mundial, cujos membros, representantes de todo o gênero humano, virão a controlar todos os recursos das respectivas nações e criar as leis necessárias para todos.'
Em refutação a todos esses pensamentos que parecem e são na verdade muito bonitos e permeados dos mais nobres ideais, podemos afirmar que tal esquema religioso, relativista e eclético, não resiste a um sério exame da lógica. Abraão, Moisés, Cristo colocam-se numa mesma linha homogênea, ascensional; "são arautos progressivos da revelação divina, de sorte que as suas respectivas mensagens se concatenam entre si".
O VelhoTestamento e o Novo estão intimamente relacionados entre si e apresentam ensinamentos progressivos, isto é, de doutrinas mais rudimentares para doutrinas mais perfeitas. Entre o cristianismo e o islamismo não há tal continuidade. Maomé misturou algumas proposições das Escrituras com crenças pagãs. .Bab apresentou-se como o continuador de Maomé. Bahá'i'lláh modificou vários elementos característicos do islamismo.
O bahaísmo, assim como inúmeras religiões, pretende ser a religião de cúpula, a resposta a toda procura do ser humano. Possui a tendência de incentivar o menor esforço dos homens; reduz ao mínimo suas proposições doutrinárias e insiste na ética natural, de acordo com a consciência de cada um; o subjetivo está acima do objetivo e isto dá-lhe comodidade: tira da pessoa o autêntico senso religioso; a pessoa é livre para fundar, fundir, refundir, desfazer, segundo o seu bom senso pessoal. Deus passa a ser considerado como uma projeção da mente humana.
Finalizando, o bahaísmo tem muito em comum com a Teosofia, que apresentamos também neste volume: ambos dão ênfase à idéia de que há necessidade de um porta-voz divino para os dias atuais, que acrescente algo mais às palavras de Jesus; os bahaístas afirmam que esse porta-voz divino foi Bahá'u'lláh; concordam ambas, a Teosofia e a Fé Bahà'i, que todas as religiões são uma só.
O bahaísmo também possui alguns postulados aceitos pelo espiritismo. Cristãos verdadeiros, autênticos, não podem aceitar a maneira de pensar dos espíritas, pois a mensagem do evangelho não se coaduna com elas. Ser cristão é seguir a Cristo, seguir a Palavra de Deus, vivê-la, sem buscar novos conhecimentos em outros homens, pois a Bíblia nos apresenta toda a revelação necessária para nossa vida cristã.
Ciência Cristã

Introdução:
Quanto mais se considera a origem da religião chamada Ciência Cristã, mais se dá conta de que é um sistema de escapismo. Nega a existência da matéria, do sofrimento, da enfermidade, do pecado e de todo o mal. Diz que estas são apenas idéias errôneas, pois na realidade tudo é bom, tudo é perfeito. Estas idéias nos fazem pensar na característica que a lenda popular atribui ao avestruz. Dizem que essa ave enorme, ao ver-se ameaçada por algum inimigo, mete a cabeça na areia para esconder-se. Já que não vê o inimigo, crê estar salva. Veja Mt 7 15.

1. Breve Histórico.
A Ciência Cristã é uma mistura de filosofia, sistema de cura e religião. Na realidade, não tem nada de ciência nem de cristã. Foi fundada por Mary Baker Eddy, nascida em 15 de junho de 1821, em Bow, Estado de New Hampshire, E.U.A. A Sra. Eddy quando jovem pertenceu a Igreja Congregacional de Tilton, mas na realidade não passou pela experiência da conversão. ( Jo 3.3)
a) Primeiros passos para formação da seita
Apesar de Mary Baker ter sido recebida como membro da Igreja Congregacional, foi influenciada por um "curandeiro" popular chamado Fineas Quimby que anunciava um novo método de curar os enfermos, não pela medicina, mas ensinando aos enfermos a natureza de seu mal. Dizia-lhes que podiam curar-se por seu estado mental. Mary procurou Fineas Quimby a fim de buscar alívio para seus males crônico. Este lhe disse que ela não tinha nada de enferma. O que se passava com ela era que seu espírito refletia a angústia sobre o corpo.
b) Os escritos de Mary Baker Eddy.
Depois da morte de Quimby, Mary sentiu-se inspirada a repartir com outros a grande verdade que havia descoberto. Em 1875 publicou o livro que chegou a ser a autoridade suprema na religião que ela fundou. Chama-se "Ciência e Saúde como Chave das Escrituras". Ela afirmava havê-lo escrito sob inspiração divina, porém as investigações posteriores revelaram que copiou trinta e três páginas de um manuscrito do Dr. Lieber sobre os escritos de Hegel. Em seu livro, Mary ia além das teorias de Quimby, pois negava a existência não somente da enfermidade, mas da própria matéria. Afirmava que toda aparência de matéria ou de experiência mortal é somente uma ilusão, um sonho. Em realidade tudo o que existe é Deus. Ele é tudo em tudo. Nosso espírito é uma parte dele, e portanto, bom. Não há tal coisa como pecado ou morte. Deve-se aplicar a "ciência cristã" e negar tais ilusões para que desapareçam essas idéias errôneas. Esse é o ensino básico que ela apresentava.
c) A fundação da seita:
Em 1879 foi organizada a primeira Igreja de Cristo Cientista. Conta atualmente com milhares de adeptos ao redor do mundo. Antes de sua morte, em 1910, Mary Baker Eddy amontoou uma fortuna com o lucro da venda de seus livros ; pois estes escritos ensinavam como receber a cura das enfermidades.
2. Doutrinas da "Ciência Cristã":
Muitas pessoas são enganadas pela hipocrisia do nome e crêem que é simplesmente outra Igreja cristã. Notam que se cantam hinos e se lê a Bíblia e não se dão conta do paganismo do sistema. Pouco a pouco vão sendo doutrinados até serem transformados em vítimas do erro. Enfim, começando com a fundadora, parece que alguns abraçam essa fé num esforço de achar algum escape das realidades intoleráveis da vida. Veja 1 Tm 6.20 como Paulo enfatiza a falsa ciência.
a) Sobre a Bíblia.
Embora a senhora Eddy tenha dito que a Bíblia era sua autoridade, por outra parte afirma que tantos erros têm se insinuado na Bíblia que já não se pode aceitá-la como verdadeira. Sempre que uma declaração bíblica esteja em contradição com a ciência Cristã , a senhora Eddy diz que trata de um erro da Bíblia. Dizia que a tradução literal da Bíblia as faz sem valor, e ainda é base para incredulidade e o desespero. Como refutação podemos afirmar que a experiência de milhões de cristãos demonstra que a leitura e interpretação literal da Bíblia, longe de levar-nos à incredulidade e ao desespero, tem operado maravilhas em suas vidas, cumprindo 2 Tm 3.16-17.
b) Sobre Deus:
Em resposta à uma pergunta: Existe uma divindade pessoal? Escreve ela: "Deus é amor, e amor é um princípio, não uma pessoa. Este princípio é Mente, substância, Vida, Verdade, Amor. Interpretado corretamente, princípio é o único termo que expressa completamente as idéias de Deus. Uma Mente, um homem perfeito, e Ciência divina". Somente com essas citações observamos vários conceitos heréticos sobre Deus. Os fundamentos básicos de todo o sistema descansam sobre o conceito panteísta de Deus, isto é, que Deus é tudo e tudo que existe: Deus é tudo em tudo. Se Deus é tudo o que existe, então só existe o bem. Isso todos nós sabemos que não é verdade. Os fatos estão diariamente diante de todos nós. Deus é uma pessoa que se revela aos homens e fala através de Jesus Cristo conf. Hb 1.1. Veja ainda Is 43.10.
c) Sobre o Espírito Santo:
A ciência Cristã nega a doutrina da trindade. A senhora Eddy diz: "A teoria de três pessoas em um Deus sugere politeísmo em vez do único sempre presente "Eu Sou". A ciência cristã é o Espírito Santo. Nas palavras de São João: "Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco". Este Consolador entendo ser a "Ciência Divina"., conf. a Senhora Eddy. De acordo com a Bíblia temos outro ensinamento; pois o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus. Ele intercede pelos crentes (Rm 8,26,27). Pode ser entristecido ( Ef 4.30). A doutrina da Trindade foi ensinada pelo próprio Cristo. Veja Mt 28.19. Paulo cria nela (2 Co 13.14 Veja também Jo 16.7; Atos 5.3,4; 8.19,20. Isso não significa que temos três deuses, mas que o nosso Deus se revela de três maneiras. Como Pai, como Filho e Espírito Santo.
3. Outros Erros Doutrinários:
As seitas sempre se caracterizam por uma falsa hermenêutica. Seus erros doutrinários são frutos de falsas interpretações. O Apóstolo Pedro admite que há certas coisas difíceis de entender, e que os ignorantes e indoutos e inconstantes torcem igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. (2 Pe 3.16). E para maior desgraça e calamidade, quando estes ignorantes nos conhecimentos hermenêuticos se apresentam como doutos, torcendo as Escrituras para provar seus erros, arrastam consigo multidões à perdição.
a) Sobre a Encarnação de Cristo e sua Divindade:
Para a ciência cristã, Jesus era simplesmente uma idéia, "o resultado da consciente comunhão de Maria com Deus", segundo a senhora Eddy. "Jesus não era o Filho de Deus num sentido diferente daquele em que todo homem é filho de Deus. Jesus é o ser humano, e Cristo a idéia divina". Segundo a Bíblia, infalível palavra de Deus, a encarnação de Jesus uniu a natureza humana e a divina em uma só personalidade, a qual retém eternamente. Veja Lc 1.30-35; Mt 1.18-23; Jo 1.1, 18; Hb 13.8.
b) Sobre a Ressurreição e a ascensão de Jesus:
A ciência Cristã também nega a realidade da morte e ressurreição de Jesus. Com o objetivo de adaptar-se ou ajustar-se às idéias imaturas com respeito ao poder espiritual, Jesus denominou seu corpo de carne e ossos". O que os evangélicos chamam de ressurreição era a demonstração da Ciência Divina, o triunfo da Verdade e do Amor imortal sobre o erro". O que a Palavra de Deus nos ensina é que Cristo Morreu, foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras e que foi visto por vários irmãos depois de sua ressurreição conf. 1 Co 15.3-6. Veja ainda 1 Co 15.14-21; Jo 1.14; 2 Tm 2.8; At 1.1-3,9-11; Lc 24.39,44-46; 50-51; Hb 4.14.
c) Sobre a segunda vinda de Cristo:
A ciência cristã ensina que a Segunda vinda de Cristo é o despertar de um sono enganoso para dar-se conta da verdade. Segundo a Bíblia Jesus voltará ao mundo tal como se foi ( At 1.11; 1 Ts 4.16,17; Mt 24.23-31,36-44). Cristo já descreveu a maneira de sua vinda. Seguramente ele sabe muito mais que a senhora Mary Baker Eddy.
4. Os falsos Mestres diante da Bíblia:
Não há livro mais perseguido pelos inimigos, nem livro mais torturado pelos amigos , que a Bíblia sagrada, devido à ignorância da sadia regra de interpretação. Esta dádiva do céu não nos veio para que cada qual a use a seu próprio gosto, mutilando-a, tergiversando ou torcendo-a para própria perdição.
a) Não respeitam a inspiração divina da Bíblia:
Normalmente seus ensinos estão acima da inspiração da Bíblia. Usam-na apenas naquilo que lhes convém. Subtraem ou acrescentam ao texto aquilo que a Bíblia não diz, e afirmam ser isso uma inspiração divina, desprezando todo o contexto escriturístico. Ignoram que os escritores Bíblicos foram plenamente inspirados, conf. 2 Pe 1.21 "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo". Veja 2 Tm 3.15,16 etc.
b) Negam as doutrinas básicas da Bíblia:
Algumas defendem uma ou outra doutrina, apenas como um chamariz ou coisa parecida; mas normalmente atacam as principais doutrinas, alegando que todos os cristãos anteriores cometeram erros. Somente a partir da "suposta revelação" , do fundador ou fundadora da seita é que as verdades foram esclarecidas. Conforme já vimos em outras lições, seus escritos são colocados como chaves para compreensão das Escrituras ou que se não possuírem Bíblia, mas tendo seus escritos em mãos é a mesma coisa que as Escrituras. Veja 2 Tm 4.1,2; 2 Pe 1.20; 2 Pe 2.1,2; 1 Jo 4.1 etc.
c) Sustentam suas heresias como "Revelações extra-Bíblica".
Como prova, citaremos mais alguns absurdos da senhora Mary Baker Eddy. Usando sua revelações especiais disse que o "diabo é o mal irreal da mente falsa e mortal e que a oração não é petição, mas afirmação. Os anjos são somente pensamentos puros da parte de Deus; o homem foi e será sempre perfeito, e incapaz de pecar e que não existe inferno nem juízo nem um céu literal. Para reforçar seu ensinos alega que a Bíblia deve se interpretada pela metafísica. Para o leitor e estudioso das Escrituras, esses pensamentos são todos heréticos porque condiz com a Bíblia. Veja 2 Jo v. 7-10.
Seicho No Ie
I – HISTÓRICO

O movimento Seicho-no-iê foi iniciado por Taniguchi Masaharu, nascido a 22 de novembro de 1893, na Vila de Karasuhara, município de Kobe, no Japão. Devido à pobreza de seu lar, foi educado por seu tio, de maneira severa. Seu temperamento era retraído e entregava-se à leitura com avidez. Começou a sentir desgosto pela vida e a maldizer a sociedade. Já adulto, teve vários casos de amor, a tal ponto que sua consciência dolorida não o deixava dormir. Contraíra doenças venéreas e pensava tê-las transmitido a uma menina, sobrinha de um chefe seu. Somente sua auto-sugestão de que não existia doença o tranqüilizou, curando-o da insânia e aliviando sua consciência por um período de tempo. Depois de terminar a escola secundária, apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se na Faculdade de Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava então idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do mundo e
do homem.

Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e prático das ciências psíquicas que exerciam atração sobre ele e nas quais depositava a confiança de que poderiam salvar espiritualmente o homem e a sociedade.

Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura moralizante, espiritualista e nacionalista. Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento fundamental: "Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração... Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração..." Este conceito tornou.se fundamental no Seicho-no-iê.

Em dezembro de 1922 Taniguchi partiu para Tóquio. Escreveu uma dissertação sobre a natureza religiosa do homem, intitulada: Para a Santidade. Estabeleceu os fundamentos da filosofia de Taniguchi: a "Teologia do movimento Seicho-no-iê". Em 1923 escreveu o livro Crítica a Deus, tendo Judas, o traidor, como herói.
Leu Tanisho, livro escrito por um discípulo de Shinram que desenvolveu a idéia do Tariki (salvação pela fé). Para Taniguchi as pessoas não precisavam de uma religião que lhes incutisse o medo, mas que trouxesse uma salvação amigável. Deixou influenciar-se pelas teorias de Bergson, pela lei da ação criadora do coração do
livro de Holmes Zenwicke (americano), pela vontade de poder de Adler. Assim leu psicologia, espiritismo e estudou a ciência cristã.

Recebeu a revelação divina (shinsa): "Não existe matéria, mas existe a realidade"(jissô) - ensino básico do Seicho-no-iê. "Você é realidade, você é Buda, você é Cristo, você é infinito e inesgotável. "

Taniguchi misturou introspecção psicológica e fenômenos psíquicos curando os doentes através da auto-sugestão. Tornou-se um verdadeiro feiticeiro do século XX.
Em 1922, Taniguchi lançou uma revista, denominada Seicho-no-iê. A fama dela aumentou; em junho de 1930, Taniguchi inaugurou uma secretaria de imprensa. Em 1934 estabeleceu a direção do movimento em Tóquio; divulgava a fonte do fluido psíquico que garantia saúde aos amigos. Prometeu que a assinatura da revista garantiria afastar o medo de qualquer mal. Em 1935 começou a imprimir grandes anúncios nos jornais, semanalmente. Lago os assinantes chegaram a trinta mil. Em 1936 registrou o Seicho-no-iê como associação Cultural. Em 1941 transformou-o em seita religiosa centralizada no "Komio", espécie de deus pessoal ao qual se dirigem orações. Durante a Segunda Guerra, a seita colaborou com os nacionalistas, influenciando os operários das indústrias bélicas e os colonizadores da Manchúria. Depois da guerra, Taniguchi foi expulso pelo general MacArthur; a filha Emiko assumiu a chefia do Seicho-no.iê.

Taniguchi escreveu uma obra de 40 volumes: Simei no Jissô (Verdade da Vida) - livro básico do movimento. Tendo início em 1930, como simples movimento filosófico psicológico e cultural para propagar certas verdades, o Seicho-no-iê foi adquirindo aos poucos a conotação de religião. Na década de 1940 o movimento foi registrado como religião pelo governo japonês. É a mais eclética de todas as novas religiões. É uma miscelânea das grandes religiões tradicionais, como o cristianismo, o xintoísmo e o budismo, com psicologia, filosofia, medicina e literatura moderna. Os adeptos são até aconselhados a praticá-lo, continuando em suas religiões de origem. O"Kanro no hou" é utilizado como oração e como amuleto.

O emblema central do grupo Seicho-no-iê é formado pelo sol, dentro do qual se vê a lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões. Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor, sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito.

Em 1949, o professor Hardmann foi aos Estados Unidos e pediu que Taniguchi Masaharu pudesse desenvolver livremente a sua atividade. A petição estava assinada por americanos de origem japonesa.

Taniguchi continua sendo a alma do movimento. Em 1963 empreendeu sua primeira viagem de conferências pelo mundo, visitando o Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Suíça, França e Itália. Nos Estados Unidos recebeu o título de Doutor em Filosofia do Religious Science Institute.

Chegou ao Brasil em 1930, com os imigrantes japoneses. Somente depois de 1951 começou a tomar maior impulso, porque suas obras começaram a ser publicadas em português. A sede está na capital paulista desde 1955; há uma Academia em Ibiúna, onde os fiéis se reúnem para o exercício de desenvolvimento espiritual.

No dia l0 de agosto de 1952, autorizada pela Sede Internacional da Seicho-no-iê, no Japão, foi instituída a Sociedade Religiosa Seicho-no-iê no Brasil, hoje Igreja Seicho-no-iê. Está espalhada principalmente pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.

As primeiras obras da Seicho-no-iê editadas em português começaram a circular em Goiás por volta de 1970, sendo a principal difusão do movimento a realização de seminários, palestras e conferências por professores de filosofia da Seicho-no-ié. Brasilia já possui sua sede própria em edifício típico do Japão. Em Goiás, o
primeiro templo construído foi o de Inhumas, e é dirigido pela comunidade local, sediando assim um importante núcleo. Em setembro de 1981 foi realizado um importante seminário no Ginásio Emmanuel, Goiânia. Os lucros das refeII-DOUTRINAS E REFUTAÇÃO

O Mal - A Seicho-no-iê é uma das cento e trinta novas religiões do Japão, e sua doutrina resume-se em três principais proposições: matéria não tem existência real; só existe a realidade espiritual; O mal não existe; é pura ilusão da mente humana; O pecado também não existe; é mera ilusão.

"Os males não têm existência real; nada mais são que simples sombra de imaginação." "O mal, a infelicidade, a doença, a depressão econômica, apagam-se quando são firmemente negados, porque eles nada mais são do que ilusões falsamente criadas pela morte." "Os sofrimentos nada mais são do que projeções da nossa
mente em ilusão" (Convite à Prosperidade, p. 16, 27 e 71).

A saída para evitar o mal é meditar sobre a verdadeira realidade, que é perfeita; o espírito pode dominar o material e mudá-lo. Não só Taniguchi mas qualquer pessoa é potencialmente Buda e Jesus.

Se o mal é realmente uma ilusão, como explicar os terríveis acontecimentos à nossa volta? Deus é bom. Será ele responsável pelo mal que acontece no mundo? Além de a realidade demonstrar que existe o mal, a doutrina da Seicho-no-iê é antibíblica. Desde o princípio da criação o bem e o mal estão presentes (Gên. 2:9). Jesus ensinou esse princípio quando contou a parábola dos lavradores maus; ela nos mostra que o mal está dentro do coração do homem. O mal é uma oposição deliberada contra Deus: é seguir nosso próprio caminho sem tomar conhecimento de que somos filhos de Deus.

Paulo nos ensina que a nossa luta neste mundo é contra o mal, que quer dominar nossa vida (Rom. 7:15-25; II Cor. 5:1-l0; Ef. 6:12; 1Cor. 15:50). Malaquias profetizou que há um julgamento para os que praticam o mal (Mal. 3). Os outros profetas também falaram contra o mal. João Batista pregou que o machado está posto sobre os que praticam o mal (Mat. 3 : l0).

"Dizer que o mal é uma ilusão é contradizer não somente a Bíblia, que é a Palavra de Deus, mas também ignorar a experiência diária da vivência dos homens em sociedade.''


1. O Pecado - Na revista Acendedor, nº 75, p. 36, há o artigo "O Pecado Não Existe", da autoria de Taniguchi. Tal afirmação não tem fundamentos, pois é anticientífica, anti-social, sem lógica. Qualquer pessoa racional, de bom senso, observa através da história que alguma coisa está errada com o homem. Não somente os religiosos, mas também os psicólogos e sociólogos admitem o erro que existe no homem e que perturba o seu ajustamento consigo mesmo e com os outros. A Bíblia chama esse erro, esse desvio, de pecado, corrupção, iniqüidade, em contraste com Deus, santo, puro, verdadeiro. "Por um homem entrou o pecado no mundo"" (Rom. 5:12). Trouxe morte física e espiritual (Gên. 2:15-17; Rom. 5:12, 23; Ef. 2:1-3). O pecado domina o homem (Rom. 7:19,20). Cristo morreu pelos nossos pecados e salva o homem dos pecados e da condenação (II Cor. 5:21; 1 Ped. 2:24; Rom. 5:1-11). A Seicho-no-iê não admite o pecado mas fala em culpa, crime, perdão, purificação, mácula, aprimoramento, preguiça, maldade, desgraça, calúnia. Diz que não existe doença, mas prega a cura!

2. Doenças - As doenças não existem; a dor não é real, porque a matéria não tem existência real. As formas físicas, materiais, não passam de sombras da luz celeste a refletir-se sobre a terra. Tudo o que acontece no mundo material é reflexo da mente. "O como carnal não sente dores porque não é matéria" (Acendedor, n.° l10, p. 7). "Como Deus não criou a doença, a doença não existe." "De agora em diante não existirá mais nenhum sofrimento, nenhuma tristeza, nenhuma decepção e nenhum desapontamento" (Convite à Prosperidade, p. l6). A Seicho-no-iê ensina que os seguidores precisam controlar suas mentes. O homem deve procurar sua própria felicidade, mentalizando-a. A própria ciência já fez descobertas extraordinárias: Não somente o homem e os animais sentem dor, mas também as plantas. A Seicho-no-iê prega que "se por acaso a vida apresenta um estado de imperfeição, está doente, significa que você não está contemplando mentalmente a vida de Deus que habita em seu íntimo" (Convite à Prosperidade, p. 53). Nos capítulos11 e 12 de II Coríntios, Paulo descreve o seu sofrimento por amor a Cristo: açoitado pelos judeus; apedrejado; naufragou; em perigo; sentiu dores. Pediu ao Senhor que o livrasse do espinho na carne (sofrimento), mas Deus lhe respondeu: "A minha graça te basta" (II Cor. 12:9). A experiência de Paulo, de Jó e de outros servos de Deus mostra claramente que as doenças não são uma ilusão da mente da pessoa e sim uma realidade. O próprio Jesus Cristo sentiu a dor e o sofrimento em sua carne e pediu que Deus passasse dele esse cálice. A própria experiência humana, fora dos limites da Seicho-no-iê, atesta a realidade da doença, da dor e do sofrimento; em sã consciência, ninguém pode nega-los.
Os cristãos, entretanto, sabem enfrentar a dor, o sofrimento, a morte, a doença, com dignidade, sabendo que "todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus"(Rom. 8:28).
Se não existisse a doença, como a Seicho.no.iê prega curas milagrosas através de seus livros e revistas? O Homem - Para a Seicho-no.iê todos os homens são filhos de Deus: os ladrões, os assassinos, os terroristas. O homem é bom. Sem o homem Deus não pode manifestar-se. O homem é puro e perfeito. Como filho de Deus o homem também é Deus. O homem se eleva à condição de Deus pela libertação da consciência do pecado. Não existe matéria, nem carne, nem corpo.
Cristo chamou os fariseus de sua época de filhos do Diabo (João 8:44). Paulo falou em filhos de Deus e filhos do Diabo (At. 13:10). Somente é filho de Deus aquele que recebe a Cristo pela fé (João 1:11, 12). O homem é tão bom que está se destruindo, um ao outro; está destruindo o mundo que o rodeia; está destruindo os animais. Os sociólogos estão desiludidos e não sabem encontrar a resposta para tantos problemas existentes entre os homens. Vemos que o homem sem Deus é uma tragédia total! A Seicho-no-iê diz que o homem é imortal. Não admite a realidade da velhice. Entretanto, o envelhecimento do próprio Taniguchi, com mais de 90 anos de idade, e de todos os seus seguidores, prova a falácia dos seus ensinamentos, sua inconsistência, a incoerência de suas teorias, a ilusão (isso sim) de suas verdades.

4. Deus - A Seicho-no-iê tem a ousadia de criticar o Pai Nosso. Diz que os cristãos têm por anos e mais anos repetido o Pai Nosso: "...seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu", mas tal não se realiza porque o céu não está acima das nuvens nem no mundo das três dimensões; o céu está no íntimo transcendental, aqui e agora (Convite à Prosperidade, p 17)_ o que se deve é mentalizar o céu para que seja encontrado pelas pessoas. Na literatura da Seicho-no-iê não se tem uma noção clara sobre Deus. Ele é panteísta, uma vez que se encontra em cada pessoa, em cada coisa deste mundo.
A Bíblia apresenta um Deus pessoal. Ele criou o homem à sua imagem e semelhança; uma das semelhanças é ser pessoal. A Bíblia ensina que Deus é transcendente, está além do mundo material (Is. 57:15). Deus não habitou no interior de Hitler, Stalin, Mussolini e outros homens perversos. Deus habita no interior dos contritos, humildes, daqueles que dão lugar a seu Espírito.

5. A Bíblia - A Seicho-no-iê não dá qualquer relevância à Bíblia. Cita-a de maneira vaga e parcial, sem identificação e fora de contexto, sem qualquer exegese, interpretação ou explicação; utiliza alguns textos para favorecer a seita. A regra de fé e prática da Seicho-no-iê são os escritos de Taniguchi. Para a Seicho-no-iê, por ser um livro divino, a Bíblia é o mais humano dos livros. Para nós, cristãos, a Bíblia é um livro milenar. Sua formação foi encerrada há dois mil anos. Há muitas provas de sua inspiração divina: uma delas é o tempo de sua duração; a transformação que tem causado na vida de milhares de pessoas; sua indestrutibilidade. Deus disse tudo o que queria num único livro. A Seicho.no.iê já tem 300 obras escritas mas ainda não disse tudo. Não há comparação entre a Bíblia e a literatura dessa seita.

6. Cristo - Taniguchi já afirmou que sua religião é superior ao cristianismo porque opera maiores e mais milagres do que Crista. Sente-se com autoridade para interpretar as palavras de Cristo segundo suas próprias convicções. Alguns católicos disseram até que compreenderam melhor a doutrina de Crista na Seicho-no-iê.
Taniguchi é mais crido, mais reverenciado, mais citado do que Jesus Cristo. Cristo disse: "Eu sou o caminho", isto é, o único caminho para Deus, para a salvação. A Seicho.no-iê interpreta essas palavras como se cada homem fosse o caminho, a porta da saída de Deus; não tendo Deus outra alternativa para manifestar sua força a não ser pelo homem. A Bíblia nos ensina que Deus tem usado o homem mas não está preso a ele, não depende dele porque é onipotente. Cristo disse que, se os discípulos se calassem, até as próprias pedras clamariam.

Moonismo
A Igreja do Reverendo Moon é também conhecida como Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, para camuflar o nome do líder do movimento já tão conhecido negativamente no mundo.

Sun Myung Moon (Reverendo Moon), nasceu em 1920 na Coréia de uma família camponesa convertida ao Cristianismo. Com a idade de dezesseis anos teve uma visão em que "Jesus" lhe explicou que originalmente Deus o tinha enviado para salvar "todos" os homens, mas que a sua missão na terra tinha ficado incompleta devido aos seus contemporâneos não terem o recebido. Era ele Reverendo Moon, que deveria completar a sua missão "inacabada". Hesitou por nove anos, mas em 1945 começou seu ministério público.

A igreja de Moon, foi fundada oficialmente em 01/05/54 na capital da Coreia do Sul, Seul, justamente após ter sido libertado da prisão por prática de heresias, etc...

Como característica da maioria das seitas, a seita da Unificação possui um livro escrito, neste caso por Moon, que é colocado na mesma posição da Bíblia, que para eles não é a revelação completa.

A revelação para ele, foi recebida progressivamente através da oração, estudo de todas as escrituras religiosas (Alcorão, Gita e outros), meditação, e "comunicação espiritual" com algumas pessoas como Jesus, Moisés e Buda, e direta comunicação com Deus. O livro usado do movimento moonista chama-se "Princípio Divino" e é totalmente o inverso da Bíblia Sagrada. Tem vários versículos para justificar a teologia da unificação.

Analise algumas falsas doutrinas:

Unificação com Deus - Oram sempre pedindo que a palavra de Deus, a personalidade e o coração de Deus, os UNIFIQUEM com a divindade. Dizem que através do aperfeiçoamento individual o homem pode ser um com Deus.

Paz Universal - Pregam a perfeição própria do homem e a paz, liberdade e licidade.

Eva fornicou com Satanás - Dizem que a narrativa bíblica é uma interpretação simbólica do que realmente aconteceu, para Moon, Eva fornicou com Satanás.

No Brasil e nos Estados Unidos existem diversos processos abertos contra o Reverendo Moon.

10) O que você aprendeu com este livro?
Aprendi entre outras coisas o Que é herisiologia, as várias seitas heréticas e como podemos identificar novas seitas com heresias em seu conteúdo.
Heresiologia é o estudo das heresias.Heresia deriva da palavra háiresis e significa: escolha, seleção, preferência. Daí surgiu a palavra seita (latim secta – doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos), por efeito de semântica.
Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião. Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa conhecimento secreto, ao alcance de poucos).
Reforçando, podemos dizer que nos conceitos acima apresentados heresia e seita, em sua própria definição, são contraditórias e separatistas daquilo que dizem, verdadeiramente, as Sagradas Escrituras, a própria Palavra de Deus. Em resumo é o abandono da verdade.
O termo háiresis aparece no original em Atos 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22.
Por sua vez, heresia aparece em Atos 24:15; I Co 11:19; Gl 5:20; II Pe 2:1.
O surgimento das seitas é uma profecia escatológica (Mt 24:24), em que o próprio Senhor nos alertou. Portanto é importante seu estudo pois, trata-se de um sinal dos tempos anunciado por Jesus e seus apóstolos (II Pe 2:1-3).
Para se identificar uma seita, observe o que ela prega sobre os seguintes assuntos:1) a Bíblia Sagrada;2) a Pessoa de Deus;3) a queda do homem e o pecado;4) a Pessoa e a obra de Cristo;5) a salvação; e6) o porvir. Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos não se coaduna com as Escrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita herética. Comumente ainda: As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência. Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados" escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crêem; Dizem ser os únicos certos; Usam de falsa interpretação das escrituras; Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista; Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.
As seitas ainda tem como características marcantes ser: Freqüentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos membros fisicamente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente. Freqüentemente apocalípticas - dão aos membros um enfoque no futuro e um propósito filosófico para evitar o apocalipse. Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder. Fazem doutrinação - para evangelismo e reforço das convicções de culto e seus padrões. Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de comida, combinados com a doutrinação repetida (condicionamento), para converter o candidato a membro. Muitas seitas contém sistemas de convicção "não-verificáveis". Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado. Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os membros. Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceram ao líder e lhe deram uma revelação Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc. Freqüentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o conjunto de valores e definições que ela ensina. Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável, interiorizada, e facilmente manipulada pelos sistemas filosóficos de seu(s) inventor(es).

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quero apenas ressaltar que você sitou a Igreja Adventista Da Promessa como sendo seita, talvez confundindo com IASD.
Talvez você queira entrar em contato com o ICP "instituo Cristão de Pesquisas" e perguntar a eles sobre o assunto, talvez estudar melhor as doutrinas da IAP possa te ajudar, depois passe elas pelo crivo do filtro bíblico (+ -...) que traça e detecta se é seita ou não. Afirmo que a IAP não é classificada como seita e sua informação é incorreta, por estar posto na internet você pode ser processado, verifique e atualize seus dados, pois esta difamando uma Igreja Verdadeira e fiel a palavra de Deus, A BÍBLIA.

Airton Da Hora disse...

Querido conforme consta no texto o Estudo está baseado em texto do livro - Seitas e Heresias um Sinal dos tempos Escrito por
Raimundo F. de Oliveira ED.CPAD, portanto a citação não é minha, já que existe a bibliografia.

O termo seita por si só não é ofensivo, já que conforme a wikepedia Seita religiosa

Seita" designa um grupo de pessoas (um movimento) que professam nova ideologia divergente daquela da(s) religião(ões) que são consideradas dominantes e ou oficiais, geralmente dirigidos por líder com características de personalidade consideradas carismáticas, mas ainda com fraco ou pouco reconhecimento geral por parte da sociedade. Mas, já se viu, a questão do reconhecimento é tão-apenas relativa.
Em oposição, o termo denominação religiosa é utilizado para designar os movimentos com reconhecimento geral na sociedade, de forma tal que, no Islão, os grandes grupos de seguidores wahhabis, xiitas e sunitas sejam considerados por muitos como seitas - que de fato o são, no sentido etimológico da palavra. A regra se aplica também a qualquer outra divisão religiosa, contudo, pelo sentido que lhe é atribuído, muitas consideram inadequada tal denominação.
As chamadas seitas, são consideradas pessoas que seguem uma tal doutrina.
Muitas das chamadas "seitas" desmembram-se, cessam ou mudam de direção ideológica e/ou doutrinária com o desaparecimento dos seus líderes. Outras vezes, na ampla dinâmica histórica, aqueles outrora ditos "seitas" passam a assumir posição de domínio.
Do ponto de vista legal, os estados ocidentais passam a reconhecer as seitas religiosas como denominações religiosas quando estas obtêm registro oficial como pessoa jurídica, embora a perseguição religiosa e as injunções de manipulação de poder nem por isso se extingam. Com efeito, têm sido uma prática constante ao longo dos tempos para os grupos considerados como seitas.